sábado, 10 de julho de 2021

Conselho Tutelar nega que menina de 4 anos que morreu tenha sido vítima de maus-tratos; mãe da criança está presa.

O Conselho Tutelar do Rio nega que a menina Larissa Rodrigues da Silva, de quatro anos, que morreu após dar entrada da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Copacabana, tenha sido vítima de maus-tratos por parte da mãe, Vanessa Rodrigues da Silva, conforme a Polícia Civil informou.

Ela foi presa por supostamente ter praticado maus-tratos contra a filha.

Conselheiros estiveram na casa da criança e ouviram integrantes da família.

"A menina tinha microcefalia e dermatite atópica, o que causa um aspecto de desidratação na pele. Por ter microcefalia, a criança também tinha baixo peso. Todos ficaram indignados com essa denúncia de maus-tratos. Ela é uma mãe participativa e dedicada aos cuidados com os filhos", afirmou a conselheira Heloísa Helena Moraes. 

Os conselheiros também conversaram com funcionários da Clínica da Família da Rocinha, onde Vanessa costumava levar a filha.

"Entregamos na delegacia um relatório atestando que a criança não era vítima de negligência, nem de maus-tratos".

O Tribunal de Justiça do Rio e a Secretaria de Administração Penitenciária afirmaram que a audiência de custódia de Vanessa será realizada nesta sexta-feira (9).

 

Segundo o boletim médico, Larissa, já morta, foi encaminhada à sala vermelha da UPA com sinais de sujidades, caquética e desidratada.

Ainda de acordo com o documento, Vanessa, com fala desconexa, mencionou atraso mental da criança.

Larissa tinha consulta marcada para a última quinta-feira (8) no Hospital Municipal Jesus. Ela estaria com cólica, abdominal, diarreia e sialorreia espumosa.

A polícia foi chamada e a mãe acabou presa. Ela vai responder pelo crime de maus-tratos com o resultado de morte. A pena varia de 4 a 12 anos de prisão.

A delegada-titular da 11ª DP (Rocinha), Flávia Monteiro, afirmou que não há indícios de agressão, mas de negligência. Ela afirmou, ainda, que os hematomas eram compatíveis com quedas.

"O coordenador da UPA entrou em contato direto com a delegacia. Os policiais foram ao local e constataram, por meio de fotos, marcas arroxeadas, desnutrição e desidratação da criança. Nítidas marcas de maus-tratos".

Vanessa foi levada ao presídio de Benfica, na Zona Norte, e deverá ser transferida ainda nesta sexta-feira (9) para outra unidade.O corpo da criança está no Instituto Médico Legal, onde passará por exame que vai determinar a causa da morte.
 
Fonte: G1
 

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