sábado, 8 de novembro de 2025

Dia Mundial da Adoção reforça importância do direito à convivência familiar.


Celebrado em 9 de novembro, o Dia Mundial da Adoção convida à reflexão sobre o amor, o acolhimento e o direito de cada criança e adolescente a crescer em um lar. A data busca sensibilizar a sociedade para a importância da adoção como um gesto de cidadania e afeto, capaz de transformar vidas e construir novos começos. Neste dia, histórias reais e especialistas reforçam que cada processo de adoção é também um caminho de esperança e pertencimento, lembrando que toda criança tem o direito de viver em família.

No Dia Mundial da Adoção, celebrado em 9 de novembro, histórias de amor e recomeço mostram que ser mãe ou pai vai muito além do laço biológico. É o caso de Brenda Cariello, que vê na  maternidade um amor que vai além de vínculo sanguíneo. Para ela, adotar é um ato de amor e cidadania.

(Brenda Cariello) "Mas a importância é da gente se doar, amar, cuidar, respeitar, garantir esse essa preparação dessa cidadania. Ela já era minha filha e ela sabe disso. é a razão do meu viver."
 
Com a Constituição Federal de 1988 e o Estatuto da Criança e do Adolescente, o processo de adoção no Brasil passou por uma transformação profunda, reconhecido como um direito, tanto de quem adota quanto de quem é adotado. O professor de Direito da Criança e do Adolescente, Marlon Barreto, explica que, apesar desse avanço, o processo ainda enfrenta um grande desafio:

(Marlon Barreto) "Ele não pode ser rápido demais de forma que abra a mão da segurança, da proteção da criança e do adolescente, mas também não pode ser tão lento de forma que inviabilize ou torne a adoção um martírio, uma dificuldade muito grande."

Sílvio Beto, presidente da casa de acolhimento Larzinho Chico Xavier, explica que o processo de adoção pode até parecer demorado, mas esse tempo é essencial para garantir que cada reintegração seja feita com segurança e respeito à história da criança. 

"O tempo da criança não é o tempo do adulto. Uma criança que está aqui, um ano para ela, é imenso, é o período que ela talvez perca a oportunidade de voltar, de ser adotado alguma coisa na natureza. Então é muito importante nós termos essa visão."

Em outubro de 2024, o Sistema Nacional de Adoção e Acolhimento divulgou dados que revelam um contraste marcante entre o perfil das crianças disponíveis e o dos pretendentes à adoção. A maioria dos interessados busca adotar crianças de até quatro anos, enquanto grande parte das que esperam por uma nova família tem entre 10 e 17 anos, muitas delas com irmãos ou com condições de saúde que exigem cuidados especiais. 

Apoiar crianças e adolescentes em situação de acolhimento vai muito além da adoção. Em todo o país, é possível contribuir de diferentes formas, atuando como voluntário, oferecendo serviços, dedicando tempo ou fazendo doações. Outro exemplo é o Programa Família Acolhedora, que permite que uma família receba, de maneira temporária, uma criança enquanto a Justiça define seu destino. Sobre o tema, a psicóloga e presidente da organização Aconchego, Soraya Pereira, faz o convite:

"A família acolhedora é a forma que a gente tem, sociedade de participar desse momento difícil dessa criança e fazer valer para ela que ela pode sim confiar no adulto. Então, né? Vamos pensar em ser família acolhedora. É o nosso convite."

Além da Aconchego, diversas instituições e casas de acolhimento em todo o país precisam de voluntários e doações. Se você deseja contribuir, procure um desses locais aí na sua região. Com a supervisão de Maurício de Santi da Rádio Senado, Isabel Cristina. 

Fonte: Agência Senado


                                            

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