quinta-feira, 6 de abril de 2023

Mãe desconfia de estupro de bebê de 2 anos e denuncia creche.


Uma moradora de Anchieta, no litoral Sul do Espírito Santo, denunciou a diretora e a coordenadora de uma escola municipal após ver sangue na fralda da filha de 2 anos, que é autista, na última segunda-feira (3). Ela suspeita que a criança tenha sofrido abuso sexual na unidade e registrou o caso na delegacia do município.

Segundo a mãe, pela manhã de segunda, ela levou a criança para a escola do bairro. A menina estuda em tempo integral e por volta das 15h recebeu a visita, em casa, da diretora e da coordenadora, afirmando que a menina estava com infecção urinária e, por isso, estava com um sangramento.

“Eu estranhei, pois elas diziam que não havia acontecido nada de mais, nenhuma violência. Mas, eu, como mãe, teria observado se a criança estivesse com infecção. Ela teria febre, dor na hora de urinar e ela estava bem. Achei tudo muito estranho e suspeitei logo de abuso”, contou a mãe.

Ela levou a menina no mesmo dia ao hospital da cidade. “O médico examinou e viu sinais de escoriações na região vaginal da menina. Ele acionou o Conselho Tutelar, foi encaminhada para exame de corpo de delito e registrei o caso na delegacia”.

Segundo a mãe, a perita, durante o exame, teria falado que houve um arranhão dentro do órgão genital da menina. A filha não retornou mais à creche.

A reportagem de A Gazeta procurou o conselho tutelar, que afirmou que prestou atendimento ao caso, mas que outros detalhes deveriam ser tratados com a Polícia Civil.

Já a Polícia Civil informou que a mãe, juntamente com a vítima, compareceram à Delegacia de Anchieta na tarde dessa segunda-feira (03) e registraram um boletim de ocorrência por estupro.

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A corporação disse que as diligências iniciais e medidas legais foram adotadas, sendo a criança, encaminhada para realizar exame de corpo de delito. O procedimento segue sob investigação e, por envolver menor de idade, o caso segue sob investigação sob sigilo, de acordo com a polícia.

A Prefeitura de Anchieta, por meio de sua assessoria de imprensa, também foi acionada pela reportagem. Segundo nota, afirmou que a Secretaria de Educação está atuando em conjunto à escola e ao Conselho Tutelar para tomar as medidas necessárias. Nesta quarta-feira (5) informou que haveria uma reunião com representantes das três entidades.

Na manhã desta quinta-feira (6), a Secretaria Municipal de Educação, por nota, informou que na segunda-feira profissionais da unidade testemunharam resquícios de sangue na troca de fraldas. A diretora procurou a mãe, que foi até a escola, recebeu a fralda e após sugestão da gestora, em veículo de uma das professoras da unidade, foi levada até o Pronto Socorro.

No dia seguinte, informam que a diretora e a coordenadora retornaram à residência da mãe, que disse que após os exames não se constatou nada de mais, mas, como é o procedimento padrão, a unidade informou o fato ao Conselho Tutelar. A mãe, diz a nota da prefeitura, exigiu providências por parte da escola e anunciou que suas filhas não retornarão até que a situação se resolva.

A Secretaria de Educação de Anchieta informou ainda que não mediu esforços para prestar toda a assistência necessária à família. Disse que todos os esclarecimentos foram prestados pela escola junto à delegacia de Polícia Civil e ao Conselho Tutelar. A pasta afirma que aguarda o resultado dos exames para tomar as medidas cabíveis.

Fonte: A Gazeta





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