sábado, 12 de novembro de 2022

Menina de 8 anos pede ajuda em escola após estupro pelo pai.


Uma menina de oito anos pediu ajuda em uma escola de Caxias do Sul após ter sido estuprada pelo próprio pai. O abuso foi descoberto no final da manhã de quarta-feira (9), quando a estudante começou a chorar e dizer que não queria voltar para casa. O Conselho Tutelar e a Polícia Civil foram acionados. O suspeito não havia sido preso até a publicação desta reportagem. 

O estupro teria ocorrido na tarde do dia anterior. No relato, a menina contou que dizia não querer a relação, mas o pai a agrediu e continuou. O homem ameaçou a criança e disse que faria novamente no dia seguinte, por isso a estudante não quis deixar a escola. A suspeita é que os abusos aconteciam desde o ano passado.

O Conselho Tutelar foi acionado e, quando a conselheira Marjorie Sasset realizava o atendimento, o pai da menina apareceu na escola. A Brigada Militar (BM) foi acionada, mas o homem fugiu antes da chegada dos policiais.

A situação foi atendida pela Patrulha Escolar da BM. Os policiais militares foram até a residência do suspeito, mas ele não foi encontrado. A conselheira tutelar e a diretora da escola acompanharam a menina até o hospital, onde ela fez exames, perícias e conversou com uma psicóloga do Apoiar.

A mãe da vítima afirmou que não sabia dos abusos, se disse indignada e que não permitiria ao homem se aproximar da menina novamente. A criança tinha dito, no relato inicial, que não havia contado à mãe por medo. 

— Em princípio, a criança está bem. O acolhimento institucional acontece em última instância e, neste caso, a mãe está adotando todas as medidas para proteger a filha. Mas, também estamos monitorando — garante Marjorie.

Um inquérito policial foi aberto na Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA) para investigação. 

O Conselho Tutelar salienta que a maioria dos crimes sexuais contra crianças e adolescentes acontecem no ambiente doméstico, com os autores sendo pessoas próximas, como pais, padrasto ou vizinhos.

— A criança é vítima de violência e permanece no mesmo ambiente que este agressor, por isso fica mais difícil verbalizarem, contarem o que aconteceu. As ameaças abalam estas crianças, que não sabem como lidar com a situação — ressalta Marjorie, que destaca a importância da escola:

— Estas questões precisam vir à tona. As crianças precisam saber que podem falar, que serão ouvidas e protegidas. Todos os dias, o Conselho Tutelar atende casos de violência física ou sexual contra as crianças. Apoiamos que as escolas, principalmente, façam palestras e capacitações para que estas crianças possam identificar que esta violência dentro de casa não é normal. É uma que precisa ser trabalhada, algo que sugerimos sempre, para evitar que a violência continue.

Como denunciar
Há diversos meios para denunciar crimes sexuais contra crianças e adolescentes. Confira:

:: Disque 100: o serviço atende 24 horas, recebe, analisa e encaminha denúncias.

:: Brigada Militar: a corporação também pode ser acionada por meio do telefone 190.

Fonte: Gaucha ZH


Nenhum comentário:

Postar um comentário