sexta-feira, 11 de novembro de 2022

Estudantes do IFB protestam contra professor suspeito de assédio sexual.


Um grupo de estudantes do Instituto Federal de Brasília (IFB) realizou um protesto, na tarde desta quinta-feira (10), contra um professor suspeito de assédio sexual. O ato ocorreu em frente ao campus da Asa Norte.

Na manifestação, os estudantes usaram cartazes com frases como "Professores são para educar, não para tocar", "Assédio não é elogio", "Meu corpo não é corrimão" e "A culpa nunca é da vítima". De acordo com os alunos, o caso mais recente de assédio ocorreu nesta quarta-feira (9), contra uma aluna, de 17 anos.

Em nota, o IFB informou que "será realizada a apuração dos fatos seguindo os ritos administrativos disciplinares". A instituição disse ainda que, "desde o início da atual gestão, em 2019, a reitoria apura, com a seriedade que o assunto merece, todas as denúncias de assédio, aplicando as penalidades previstas, inclusive, com demissão".

A aluna assediada registrou um boletim de ocorrência na polícia, contra o professor. No depoimento, ela contou que o homem deu um tapa em suas nádegas durante um evento no IFB.

Outras estudantes procuraram o Núcleo Pedagógico do IFB para denunciar a postura do professor. Segundo elas, os assédios ocorreram desde o início do primeiro semestre deste ano.

Uma estudante que não quis se identificar contou que o professor fazia comentários que deixavam as alunas desconfortáveis em sala de aula. Mas, até então, o professor não havia tocado nenhuma aluna, "no máximo, um abraço", disse a adolescente.

“A gente percebeu que não era só isso, que realmente tinha uma malícia no jeito dele, no jeito de olhar, no jeito de agir com as meninas, e isso na minha sala, além do primeiro ano A, que aí a gente descobriu depois que elas reclamavam”, conta a estudante.
A adolescente conta ainda que, em um dos episódios, o professor chegou a chamar uma aluna de "cachorra e cadela". "E aí eu fiquei meio assim, já meio para trás, porque isso não é uma coisa de aluno pra de professor", diz a estudante.

O caso é investigado pela 2ª Delegacia de Polícia, na Asa Norte, como importunação sexual.

Fonte: G1

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