O cardeal dos Estados Unidos Robert Francis Prevost é o novo papa e escolheu o nome de Leão XIV para liderar a Igreja Católica.
Ele tem 69 anos, é agostiniano, considerado progressista e próximo de Francisco.
O novo papa, anunciado nesta quinta-feira (8), também tem cidadania peruana, adquirida após anos de missão no país, onde foi nomeado bispo em 2015.
Os desafios de Leão XIV
Durante seu discurso, Prevost enfatizou a importância da paz.
Antes do conclave, o Vaticano informou que os cardeais desejavam escolher um papa que desse continuidade às reformas de Francisco.
Leão XIV assume o comando da Igreja Católica em um momento de queda no número de fiéis e após um papado de grande popularidade com Francisco.
Ele também terá de lidar com um cenário internacional instável, marcado por guerras e tensões geopolíticas.
Durante o papado anterior, a Igreja ampliou seu papel diplomático e atuou como mediadora em conflitos, como a guerra entre Rússia e Ucrânia.
Antes do conclave, o Vaticano informou que os cardeais desejavam escolher um papa que desse continuidade às reformas de Francisco.
Nascido em Chicago, Prevost construiu sua carreira eclesiástica no Peru, onde adquiriu a nacionalidade, e agradeceu, em espanhol, à Diocese do país latino-americano em seu discurso.
Foi a primeira vez que um papa falou em outro idioma além do italiano no discurso inaugural.
No discurso inaugural, Leão XIV também agradeceu ao antecessor:
"Obrigado, papa Francisco".
Como foi a eleição do novo papa
O tradicional anúncio de "Habemus papam" ocorreu pouco mais de uma hora após a fumaça branca surgir da Capela Sistina, dentro da média dos últimos conclaves, em 2005 e 2013.
A eleição seguiu o padrão dos conclaves de 2005 e 2013, ocorrendo no segundo dia.
Desta vez, havia a expectativa de que o processo demorasse mais devido ao aumento no número de cardeais votantes: 133, contra 117 no conclave anterior.
A eleição ocorreu após duas rodadas com fumaça preta, na manhã de quinta-feira (8) e na rodada inicial de quarta-feira (7).
O papado de Francisco
A escolha do novo papa aconteceu 17 dias após a morte de Francisco, devido a um AVC e insuficiência cardíaca em sua residência no Vaticano.
Apesar de inesperados, os episódios ocorreram em um momento de saúde fragilizada do papa, que havia recebido alta após tratar pneumonia por cinco semanas.
Durante seus 12 anos de papado, Francisco implementou reformas históricas e aproximou a Igreja de seus mais de 1,3 bilhão de fiéis ao redor do mundo, apesar da diminuição gradual no número de católicos.
A fumaça branca também encerra oficialmente o chamado período de Sé Vacante, em que o "trono" da Igreja Católica fica sem um líder entre a morte de um pontífice e a eleição do sucessor.
Como foi o primeiro dia de conclave
Na quarta-feira (7), a fumaça preta confirmou que a eleição do novo papa no primeiro dia do conclave era improvável.
O resultado da primeira votação saiu cerca de três horas após o fechamento das portas da Capela Sistina, marcando o início oficial do conclave, no qual 133 cardeais se isolaram para escolher o novo papa.
Foi a maior demora dos últimos três conclaves. Um possível motivo para o atraso pode ter sido uma pregação antes da votaçã e pode ter se estendido, segundo o jornalista César Tralli, da TV Globo.
Outra possibilidade é que a maioria dos cardeais estava participando de seu primeiro conclave.
Cerca de 45 mil fiéis estavam na praça São Pedro aguardando o resultado da primeira votação no momento em que a fumaça foi expelida.
Os cardeais iniciaram o processo após a missa Pro Eligendo Romano Pontifice, celebrada publicamente na Basílica de São Pedro naquela manhã.
Fonte: G1
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