A ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco irá se afastar do cargo na próxima semana para poder tratar sua saúde mental e emocional. A informação foi divulgada pela revista Veja e o motivo do afastamento é o assédio que ela sofreu do agora ex-ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida.
Na sexta-feira, 6 de setembro, após a notícia de que a ministra foi uma das vítimas de abuso do ex-ministro Silvio Almeida, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidiu demiti-lo do cargo.
O depoimento de Anielle foi necessário para esclarecer as acusações e foi ouvido pelo controlador-geral da União (CGU), Vinicius Carvalho, o advogado-geral da União (AGU), Jorge Messias, a ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, e a ministra de Gestão e Inovação, Esther Dweck.
De acordo com as informações do Pleno News, o assédio que a ministra sofreu por parte de Silvio, aconteceu em uma reunião na sede do Minitério da Igualdade Racial, em Brasília, Distrito Federal, em 16 de maio de 2023. Naquela ocasião, o ex-ministro teria passado a mão entre as pernas de Anielle.
Após a demissão de Silvio Almeida, a ministra da Igualdade Racial, se pronunciou pelas redes sociais, dizendo que irá colaborar com as investigações, mas não forneceu mais detalhes sobre o ocorrido.
"Peço que respeitem meu espaço e meu direito à privacidade. Contribuirei com as apurações, sempre que acionada", disse a ministra.
Sobre o assédio
O ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida, foi denunciado à organização Me Too Brasil por supostos episódios de assédio sexual contra mulheres. O Me Too Brasil, que acolhe vítimas da violência, confirmou à coluna de Guilherme Amado, do Metrópoles. A informação foi noticiada no início da noite desta quinta-feira, 5 de setembro.
A coluna contatou a organização após receber denúncias de suposta prática de assédio sexual por Silvio Almeida contra a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, além de outras mulheres. Anielle não quis comentar os relatos sobre o suposto assédio contra ela. Procurado, Almeida não respondeu à coluna.
Segundo o Me Too, as mulheres que denunciaram Silvio Almeida pediram anonimato. Indagado se uma destas denunciantes foi a ministra, o Me Too afirmou que não poderia confirmar para não expor supostas vítimas.
A coluna apurou com 14 pessoas, entre ministros, assessores do Governo Federal e amigos de Anielle Franco, como teriam ocorrido os supostos episódios de assédio a Anielle, que incluiriam toque nas pernas da ministra, beijos inapropriados ao cumprimentá-la, além de o próprio Silvio Almeida, supostamente, ter dito a Anielle expressões chulas, com conteúdo sexual. Todos os episódios teriam ocorrido no ano passado.
O assunto é de conhecimento de vários ministros do governo. A coluna procurou tanto Anielle quanto Silvio Almeida. Ambos não quiseram se pronunciar sobre o tema. O espaço segue aberto para manifestações.
À coluna, o Me Too afirmou que não compartilha as informações de vítimas sem o consentimento delas e da equipe técnica responsável pelo acolhimento.
Fonte: Portal de Prefeitura
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