segunda-feira, 28 de fevereiro de 2022

MP pede internação de adolescente que esfaqueou diretora em escola estadual.


O Ministério Público pediu que a Justiça determine a internação do adolescente de 16 anos que esfaqueou a diretora de uma escola estadual em Caraguatatuba (SP). O caso ocorreu na noite de terça-feira (22) e foi registrado por uma câmera de segurança.

O pedido foi feito pelo promotor Marcelo Otavio Camargo Ramos na quarta-feira (23). Na ação ele pede que o adolescente seja internado na Fundação Casa por ato infracional equiparado ao crime de homicídio qualificado.

Juridicamente, pelo Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), um ato infracional é o equivalente ao crime quando cometido por um adolescente.

Ele foi apreendido após o crime e segue na Fundação Casa, mas como interno provisório até que a Justiça decida sobre o caso. A pena pode chegar ao máximo de três anos.

Ataque
O ataque aconteceu no fim da aula do período noturno na escola estadual Ângelo Barros de Araújo. De acordo com a Polícia Civil, a profissional abria o portão da escola para que o adolescente saísse, quando foi golpeada diversas vezes.

Na ação diretora foi golpeada no abdômen, braço e perna. Alunos que estavam no local socorreram a vítima e acionaram o resgate que a levou para o Hospital Stella Maris, onde passou por uma cirurgia. Por causa da gravidade das lesões, a mulher foi transferida para um hospital em São José. Ela segue internada, mas não há informações sobre seu estado de saúde.

O adolescente fugiu depois do crime, mas foi localizado pela Polícia Militar. Em depoimento para a Polícia Civil, ele disse que cometeu o crime pela quebra de confiança com a profissional, o que teria deixado o adolescente com raiva. Apesar disso, não esclareceu o motivo. De acordo com a polícia, ele ainda disse não estar arrependido e, após o crime, ainda se feriu com a faca e teve de ser atendido no hospital.

Aulas suspensas
A escola Ângelo Barros de Araújo, onde a diretora foi esfaqueada, suspendeu as aulas presenciais até a próxima semana. A diretora segue internada em um hospital em São José dos Campos depois de passar por uma cirurgia após o ataque o adolescente detido.

Segundo o comunicado da escola, publicado nas redes sociais, as aulas presenciais foram suspensas porque os professores e funcionários vão ter reuniões.

De acordo com o governo estadual, eles estão sendo acompanhados pelo Conviva, um programa de melhoria de convivência escolar, e vão adotar ações não só entre a equipe escolar, mas com os alunos, no retorno das aulas.

A previsão é de que as aulas sejam retomadas após o Carnaval, na quarta-feira (2).

Fonte:G1





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