sábado, 12 de fevereiro de 2022

Bolsonaro diz que Exército detectou vulnerabilidades em urnas; TSE desmente e afirma que acusações “não correspondem aos fatos”.


O presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a colocar em dúvida a confiabilidade do voto por urnas eletrônicas, mais uma vez sem apresentar provas. Desde a adoção do sistema de votação no Brasil, em 1996, nunca houve comprovação de fraude nas eleições.

Durante uma live transmitida em suas redes sociais na quinta-feira, 10 de fevereiro, Bolsonaro disse que o Exército identificou “dezenas de vulnerabilidades”, sem especificar quais seriam e ainda cobrou respostas do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) sobre a afirmação.

Em nota, a Corte eleitoral informou que o pedido de informações das Forças Armadas “apresenta dúvidas sobre funcionamento do sistema eleitoral” e que “não há levantamento sobre possíveis vulnerabilidades”. O TSE ainda considerou que as declarações veiculadas “não correspondem aos fatos nem fazem qualquer sentido”.

“O pessoal do Exército, nosso pessoal da guerra cibernética, buscou, a convite, o TSE e começou a levantar possíveis vulnerabilidades para ajudar o TSE. Foram levantadas várias, dezenas de vulnerabilidades. Foi oficiado o TSE para que pudesse responder às Forças Armadas, porque afinal de contas, pode ser que o TSE esteja com a razão. Pode ser, por que não?”, disse o presidente. Ele atribuiu as informações sobre as supostas vulnerabilidades à “mídia”, de forma genérica.

“Passou o prazo e ficou um silêncio. Foi reiterado. O prazo se esgotou no dia de hoje. Isso está nas mãos do ministro Braga Netto [Defesa] para tratar desse assunto. E ele está tratando desse assunto e vai com toda certeza entrar em contato com o presidente do TSE para ver se o atraso foi em função do recesso, se a documentação vai chegar. E as Forças Armadas vão analisar e vão dar uma resposta”, acrescentou.

De acordo com reportagem do jornal “O Estado de S. Paulo”, que ouviu oficiais da ativa, o Exército fez questionamentos técnicos ao TSE sobre o funcionamento e a cadeia de custódia das urnas. O teor é sigiloso.

O Exército informou que demandas sobre o assunto deveriam ser direcionadas ao Ministério da Defesa. A pasta também foi procurada e informou que questões sobre o tema estão sendo tratadas pelo TSE.

Fonte: Portal de Prefeitura

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