Foto/Reproducao
O presidente
eleito, Jair Bolsonaro, defendeu no último sábado (24) um rígido controle na
entrada de refugiados venezuelanos que chegam ao país. Ele afirmou que os
venezuelanos fogem de uma ditadura e que o Brasil não pode deixá-los à própria
sorte. Como medida para tentar resolver o problema, o presidente eleito sugeriu
a criação de campos de refugiados. “A criação de campos de refugiados, talvez,
para atender aos venezuelanos que fogem da ditadura de seu país”, disse durante
cerimônia militar no Rio de Janeiro.
Bolsonaro disse que
esteve em Roraima por duas vezes ao longo dos últimos quatro anos e que o
estado não vai conseguir resolver a situação sozinho. O presidente eleito disse
que faltou ao governo brasileiro se antecipar ao problema e defendeu um
controle migratório de venezuelanos mais firme. “Porque do jeito que estão
fugindo da fome e da ditadura, tem gente também que nós não queremos no
Brasil.”
Devolução de venezuelanos
Bolsonaro
mostrou-se contrário à proposta do governador eleito de Roraima, Antonio Denarium
(PSL), que cogita o fechamento da fronteira e defende a criação de um programa
de devolução de venezuelanos para o país de origem.
“Eles não são
mercadoria nem objeto para serem devolvidos. Se tivesse um governo democrático
há algum tempo, nós deveríamos tomar outras providências como, por exemplo,
excluir a Venezuela do Mercosul. A Venezuela não pode ser tratada como país
democrático.”
Médicos cubanos
O presidente eleito
falou também sobre a saída dos médicos cubanos do Programa Mais Médicos. Bolsonaro
disse que o governo Temer está realizando uma seleção para contratação de
novos médicos para ocupar as vagas deixadas pelos cubanos e que já
há número suficiente de profissionais para preencher as vagas.
“Nós não podemos
deixar as pessoas no Brasil num regime de semi-escravidão, completamente ao
arrepio da lei federal. Qualquer um de fora que trabalhe aqui tem que ser
submetido às mesmas leis de vocês que estão aqui. Não pode confiscar salário,
não pode afastar famílias. Temos muitos cubanos e cubanas que têm famílias lá
em Cuba e já constituíram novas famílias aqui. Este projeto [Mais Médicos]
destruiu famílias e nós não podemos admitir isso”, avaliou.
Bolsonaro falou com
a imprensa logo após participar da cerimônia de 73 anos de criação Brigada de
Infantaria Paraquedista, na Vila Militar, zona oeste do Rio.
Publicado no site Nova Cruz Oficial
http://www.novacruzoficialrn.com.br/noticias/geral/bolsonaro-cogita-criacao-de-campo-de-refugiados-para-venezuelanos.html
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