terça-feira, 2 de setembro de 2025

CRAS Seu Heleno inicia atendimentos ao público, no bairro Palestina.


A população de Santa Cruz do Capibaribe passou a contar nesta semana, com um novo Centro de Referência de Assistência Social (CRAS). A unidade Seu Heleno, localizada no bairro Palestina, já iniciou os atendimentos à comunidade.

O espaço oferece acompanhamento a famílias em situação de vulnerabilidade, com o objetivo de fortalecer vínculos familiares e comunitários, promover a cidadania e incentivar a inclusão social.

O CRAS funcionará das 7h às 15h, na rua Jailton José de Menezes, nº 100, atendendo também moradores das seguintes localidades: Oscarzão, Portal Santa Cruz, Vila do Amor, Residencial Cruzeiro, Arcoverde, Malaquias Cardoso e Gavião.

A unidade oferecerá os serviços de cadastro e atualização do Cadastro Único (CadÚnico), encaminhamentos para o Programa Bolsa Família, atendimento psicossocial individual e em grupo, apoio e orientação para acesso a direitos sociais, oficinas, grupos e ações comunitárias.

Também terá acompanhamento de famílias pelo PAIF (Serviço de Proteção e Atendimento Integral à Família) e Serviço de Convivência e Fortalecimento de vínculos (SCFV).

Como novidade, a unidade também oferecerá aulas de Pilates, com inscrições abertas a partir da próxima quinta-feira (4).

segunda-feira, 1 de setembro de 2025

PM apoia Conselho Tutelar em caso de risco a criança.


A Polícia Militar (PM) prestou apoio ao Conselho Tutelar de Lidianópolis em uma ocorrência registrada neste domingo (31). O caso envolveu uma menina de 7 anos.

Segundo relatos, a mãe da criança enfrenta problemas com alcoolismo e teria deixado bebidas alcoólicas ao alcance da filha. A situação foi denunciada por um familiar.

No local, conselheiras tutelares confirmaram que já acompanhavam a família em outros atendimentos. Elas orientaram os responsáveis sobre os procedimentos a serem adotados.

Não houve registro de ameaça ou agressão. A criança foi levada, de comum acordo com a mãe, para a casa da avó, onde permanecerá temporariamente.

Fonte: Blog do Ivan Maldonado

Polícia e Conselho Tutelar investigam creche denunciada por maus-tratos.


Uma creche no Guará 2 foi denunciada por maus-tratos após uma estagiária relatar agressões contra crianças. Em um vídeo gravado por uma funcionária e divulgado nas redes sociais, a dona da unidade de ensino aparece colocando uma colher de comida na boca de uma criança de forma truculenta. Em seguida, ao ver a menina chorar, a segura pelos braços e a larga na cadeirinha de alimentação.

A estagiária havia começado no local havia 15 dias e contou à mãe que, desde a primeira semana, estranhou o comportamento da proprietária. "Ela era grossa e rude com as crianças, mas minha filha achou que fosse porque eram mais custosas", disse a mãe da jovem. Segundo ela, a filha desistiu de continuar no trabalho após presenciar episódios de agressividade. "Na terça-feira, ela me mandou mensagem dizendo que não voltaria mais, porque a proprietária a deixava sozinha com nove crianças e era agressiva com os pequenos", explicou.

"Ela (a funcionária da creche) nos mandou o vídeo e fomos atrás de todos os pais para contar o que minha filha tinha visto e vivido lá", contou a mãe da estagiária.

Segundo boletim de ocorrência registrado na 4ª Delegacia de Polícia (Guará 2), a proprietária também teria batido com uma agenda na cabeça de uma criança de 3 anos. A denúncia também foi levada ao Conselho Tutelar.

Os envolvidos no caso que conversaram com o Correio tiveram seus nomes preservados, em respeito ao Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), para evitar identificação das vítimas.

Indignação
As imagens chocaram a mãe da criança que aparece sendo agredida. "Quando me falaram sobre o vídeo, fiquei desesperada. Quando vi, fiquei sem chão. Desde então, têm sido dias muito pesados. Eu não consigo parar de assistir à cena da agressão contra a minha filha, ainda tão pequena", desabafou.

Leia também: Erika Hilton pede prisão de conselheira tutelar do DF por conduta discriminatória
Ela contou que a filha, de 1 ano e 8 meses, tem apresentado comportamento mais apegado e sinais de insegurança. "Se eu saio de perto, ela chora." A mãe disse, ainda, que o filho mais velho também frequentou a creche e relatava situações desconfortáveis. "Ele dizia que ela era grossa e falava alto, mas eu nunca imaginei que fosse algo sério. Agora percebo que talvez fosse, sim."

Outro casal, pais de uma menina autista de 2 anos e 10 meses, também relatou mudanças no comportamento da criança. "De uns meses para cá, tem ficado cada vez mais difícil. Ela chora antes mesmo de sair de casa. Achávamos que era uma nova fase de adaptação, mas quando recebemos o relato das funcionárias, nosso mundo caiu", disse o pai.

A mãe está revoltada. "Já tivemos problemas em outra creche, mas nada tão grave. Na hora da matrícula, frisamos muito sobre a condição dela, e a dona disse que sabia como lidar. Agora, o sentimento é de indignação", disse. Segundo o casal, as funcionárias contaram que a menina chegou a ser trancada sozinha na brinquedoteca por causa do comportamento.

Os pais reforçaram o sentimento de culpa. "Eu me culpo por não ter prestado atenção à mudança de comportamento dela, por não ter questionado a falta de câmeras. Nossa denúncia é um alerta para que outros pais fiquem atentos, para que seus filhos não passem pelo que os nossos passaram", disse a mãe. 

Falta de licenciamento
Em nota, a Secretaria de Educação informou que a instituição não é credenciada e não possui processo em andamento para regularização.

A pasta explicou que a Gerência de Regulação de Ensino da Rede Privada entrou em contato com a instituição, ocasião em que a proprietária confirmou não ter iniciado o processo de credenciamento. Uma inspeção in loco, feita ontem, constatou que o estabelecimento reconheceu a operação como irregular e optará por encerrar as atividades. O relatório da inspeção segue em fase de elaboração. 

Defesa 
O advogado Guilherme Arruda de Oliveira, que representa a creche, avalia que a conduta do vídeo não configura maus-tratos. "Ela admite que houve um rigor excessivo na alimentação de uma criança. Foi um excesso de conduta, não uma prática reiterada", disse. Segundo ele, as outras acusações apresentadas só chegaram ao conhecimento da defesa após a divulgação dos vídeos.

Oliveira acrescentou que a dona do local atua no ramo há 48 anos, sendo mais de 10 no Guará, sem registros anteriores de denúncias no Conselho Tutelar ou na Polícia Civil. Ele defendeu que a investigação seja conduzida com cautela. "Quando falamos de crianças, o sentimento imediato é de revolta, mas precisamos avaliar com calma, ouvir os pais e preservar o bem-estar e a imagem das crianças", concluiu.

Fonte: Correio Braziliense

Denúncias de pedofilia na internet pelo Disque 100 aumentam em agosto.


A procura pelo serviço Disque 100 para denúncias de crimes envolvendo pedofilia na internet aumentou, segundo dados da Secretaria de Segurança do Estado de São Paulo (SSP-SP). A pasta costumava receber 15 denúncias por mês. Em agosto, em um único dia, foram realizadas 50, concentradas principalmente na semana de 18 a 22. O Disque 100 recebe denúncias de violação de direitos humanos.

Em São Paulo, a apuração das denúncias cabe à Delegacia de Repressão à Pedofilia, do Departamento Estadual de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). Além do Disque 100, denúncias também podem ser recebidas por e-mail ou pessoalmente, na sede do departamento, na rua Brigadeiro Tobias, no centro da capital.

O serviço tem recebido destaque após a repercussão de um vídeo do influenciador Felipe Bressanim, mais conhecido como Felca, no qual ele aborda diversos casos de exploração de crianças, parte deles de cunho sexual. A repercussão tem acelerado a discussão de leis sobre o tema e pode representar mudanças na organização das redes de proteção ao menor, seja em sua estrutura virtual, seja em sua organização e financiamento.

"É importante que a denúncia traga, sempre que possível, o nome do autor, endereço e uma descrição do fato. Se for no ambiente virtual, o denunciante pode mandar o endereço eletrônico, a URL, onde aquele material pode ser encontrado. No caso de redes sociais, como Instagram, o X [antigo Twitter], é preciso identificar o usuário com a URL completa ou o número de ID. Apenas nomes de usuário muitas vezes não permitem a localização, especialmente se ele alterou o perfil", explicou a titular da 4ª Delegacia de Repressão à Pedofilia, delegada Luciana Peixoto, por meio de nota.

Segundo a secretaria, para denunciar, a pessoa deve fornecer a maior quantidade de detalhes à polícia, já que grande parte das comunicações chega incompleta ou sem informações suficientes para viabilizar as investigações. Além disso, muitas são baseadas apenas em dados obtidos na internet ou repetem fatos já conhecidos e investigados, como perfis de redes sociais previamente identificados. Se a denúncia contém a captura de tela (print) para facilitar a identificação, é recomendável que ela seja deletada após o envio, se houver conteúdo de pornografia infantil, pois sua posse e exposição a outros é crime previsto no Estatuto da Criança e do Adolescente.

O Disque 100 funciona diariamente, 24 horas por dia, e encaminha os relatos diretamente aos órgãos competentes para investigação.

Fonte: Agência Brasil

domingo, 31 de agosto de 2025

Aluno é estuprado dentro de banheiro de escola estadual de Pernambuco; professor flagrou abuso e deu voz de prisão.


Um caso alarmante foi registrado em escola estadual da cidade de Olinda, no Grande Recife. Um garoto de 15 anos foi estuprado por um homem de 48 anos nesta última quinta-feira, 28. O crime aconteceu por volta das 11h dentro da unidade de ensino. O fato foi registrado em flagrante por um professor, que acionou a polícia.

O adolescente estava dentro do banheiro quando foi abusado pelo criminoso. O homem estava na escola para fazer uma manutenção. O aluno informou que tudo aconteceu contra sua vontade, o professor deu voz de prisão e acionou a polícia.

A Secretaria Estadual de Educação informou que está à disposição das autoridades para ajudar nas investigações. O caso foi registrado pelo Departamento de Polícia de Crimes contra Crianças e Adolescentes – DPCA.

Fonte: Pernambuco Notícias

Conselheiros Tutelares: Venham Participar de um dos maiores seminários do Brasil. Em Setembro, em Maceió-Al.


V Seminário de Formação para Profissionais da Rede de Atendimento a Crianças e Adolescentes

Atenção, profissionais que atuam na rede de atendimento a crianças e adolescentes!

Nos dias 24, 25 e 26 de setembro de 2026, acontecerá o V Seminário de Formação para Profissionais que integram a rede de atendimento a criança e adolescentes, em Maceió, Alagoas.

O evento será no Hotel Maceió Atlantic Suítes, na Sala Pajuçara, e contará com a presença de especialistas como Luciano Betiate, Maduca Lopes e Reinaldo Balbino.

Não perca essa oportunidade de aprimorar seus conhecimentos e se conectar com outros profissionais.

Para mais informações:

Telefones: (82) 9611-5956 | (82) 99626-4979

E-mail: acectalseminario@gmail.com



sábado, 30 de agosto de 2025

Caso Emanuelly: Conselho Tutelar nega relação entre atendimento à família e morte da criança.


O Conselho Tutelar de Campo Grande – Região Sul, responsável pelo atendimento à menina Emanuelly Victória Souza, de 6 anos, desde 2020, e o Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente de Campo Grande divulgaram nota nesta sexta-feira (29) sobre o caso. Confira as notas na íntegra ao final da reportagem.

Emanuelly foi sequestrada, estuprada e encontrada morta na noite de quarta-feira (27), em uma residência na Vila Carvalho, em Campo Grande. O sepultamento ocorreu na manhã desta sexta-feira.

No comunicado, o órgão afirma que o ocorrido não tem relação com sua atuação junto à família ou com suposta omissão, como vem sendo sugerido.

"Nos atendimentos prestados, não foram identificados elementos que justificassem a medida de acolhimento institucional, conforme estabelece a Portaria nº 01/2025, expedida pela Vara da Infância e Juventude, e o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). Ademais, diante de denúncias recebidas, Emanuelly passou por depoimento especial, ocasião em que a criança não relatou nenhuma violação de direitos", afirma o documento.

O Conselho declarou estar à disposição das autoridades competentes para prestar esclarecimentos sobre os atendimentos realizados.

"Contudo, em respeito à família e em observância à legislação, não serão fornecidas informações adicionais, devido à lei de proteção de dados."

O Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente de Campo Grande também se manifestou por meio de nota nesta sexta-feira.

O órgão informou que está apurando os fatos relacionados ao caso e acompanhando as investigações conduzidas pelo Ministério Público, Poder Judiciário e Conselhos Tutelares.

"Reiteramos nosso respeito e solidariedade à família da Emanuelly, colocando-nos à disposição para colaborar com os órgãos de apuração e para contribuir, dentro de nossa competência, na busca por respostas e medidas que evitem que tragédias como esta se repitam."

Investigação do Ministério Público

O Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS) instaurou procedimento para apurar a atuação do Conselho Tutelar Sul no caso. A investigação busca identificar possíveis falhas ou omissões que possam ter contribuído para a morte da criança. O processo tramita sob sigilo, conforme previsto em lei.

Emanuelly era acompanhada pelo Conselho Tutelar desde 2020. O último registro é de maio deste ano, quando sofreu uma fratura no braço em circunstância suspeita de agressão. A família negou que a criança tenha sido agredida.

O autor do crime, Marcos Willian Teixeira Timóteo, de 20 anos, morreu na manhã de quinta-feira (28) em confronto com policiais do Grupo de Operações e Investigações (GOI) da Polícia Civil. Segundo a polícia, ele tinha histórico de abusos contra crianças.

Atendimento social à família

A Secretaria Municipal de Assistência Social (SAS) informou que, em fevereiro, a família de Emanuelly foi atendida pelo Centro de Referência de Assistência Social (Cras) Guanandi, após encaminhamento do Conselho Tutelar Sul.

Durante entrevista com técnicos da unidade, foram identificadas vulnerabilidade social e insegurança alimentar decorrentes da ausência de renda.

O Cras entregou uma cesta básica e ofereceu serviços como o Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos e o Programa Criança Feliz, que prevê visitas domiciliares e orientações para fortalecimento familiar. A família recusou os serviços e aceitou apenas a cesta básica.

Família nega agressões

O padrasto de Emanuelly, Deivid Bernardes, negou que a criança sofresse maus-tratos. Em entrevista à TV Morena, durante o sepultamento, afirmou que não havia agressões em casa. A mãe da menina não quis se pronunciar.

“A gente ia no conselho, na delegacia, mas eles não conseguiram arrumar nada. Na delegacia nem chegaram a fazer exame nela, porque a delegada saiu e falou que os pais estão liberados, pois a criança só falou bem do pai e da mãe, não sofre nenhum maus-tratos, então a gente não vai nem interrogar o pai e a mãe”, lembrou Deivid.

Ele confirmou que o Conselho Tutelar realizava visitas frequentes à residência e negou que a criança passasse fome. “O próprio conselho tutelar chegava na minha casa e o armário estava cheio, as crianças brincando, tomando banho, tudo bem cuidado”, relatou.

Deivid contou que conheceu Emanuelly quando ela tinha duas semanas de vida. “Minha filha era tudo para gente. Era muito carinhosa, muito amada.”

Sobre o autor do crime, afirmou que era apenas um conhecido do trabalho. “A gente nunca teve amizade assim, é só de serviço.”

Dinâmica do crime

De acordo com a Polícia Civil, Emanuelly foi vítima de abusos sexuais repetidos antes de ser morta por esganamento.

A família, residente na Vila Taquarussu, acionou a polícia no início da noite ao perceber o desaparecimento da menina. Imagens de câmeras de segurança registraram Emanuelly caminhando com o suspeito por volta das 8h30 da manhã.

Moradores reconheceram o homem e informaram que ele vivia na Vila Carvalho. A polícia foi até o local, encontrou a casa vazia e documentos com o nome do suspeito. Ao retornar, os agentes identificaram marcas de chinelo com barro e seguiram com as buscas.

O corpo da criança foi localizado em um dos quartos, enrolado em uma coberta com fitas adesivas, dentro de uma banheira de bebê, sob a cama. A área foi isolada para perícia. O pai da menina foi levado à delegacia para prestar depoimento sobre o desaparecimento.

Veja as notas na íntegra

Conselho Tutelar Sul:

"O Conselho Tutelar da Região Sul manifesta profundo pesar pelo falecimento de Emanuelly Victoria Souza Moura e se solidariza com seus familiares e amigos neste momento de dor. O ocorrido na última quarta-feira, que ceifou de forma trágica a vida de Emanuelly, trata-se de um crime hediondo, marcado por extrema crueldade, sem qualquer relação com a atuação deste órgão no atendimento à família ou com suposta omissão, como vem sendo sugerido. Nos atendimentos prestados, não foram identificados elementos que justificassem a medida de acolhimento institucional, conforme estabelece a Portaria nº 01/2025, expedida pela Vara da Infância e Juventude, e o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). Ademais, diante de denúncias recebidas, Emanuelly passou por depoimento especial, ocasião em que a criança não relatou nenhuma violação de direitos. O Conselho Tutelar coloca-se à disposição das autoridades competentes para prestar os devidos esclarecimentos sobre os atendimentos realizados. Contudo, em respeito à família e em observância à legislação, não serão fornecidas informações adicionais, devido à lei de proteção de dados. Repudiamos qualquer tentativa de explorar o ocorrido para promover ataques, gerar desordem social ou criar tensão desnecessária em relação ao Conselho Tutelar, assim como utilizá-lo para fins de promoção pessoal. Reforçamos que a garantia de direitos é dever da família, da sociedade e do poder público, não sendo atribuição exclusiva de um único órgão da rede de proteção. Apenas com atuação conjunta e articulada será possível assegurar a proteção integral de crianças e adolescentes. O episódio evidencia a importância do Cadastro Nacional de Pedófilos e Predadores sexuais, a fim de que a sociedade tenha instrumentos de controle sobre pessoas com histórico de crimes sexuais, considerando que, conforme reportagens divulgadas, o autor já havia respondido por fatos análogos ao estupro de vulnerável e outras violências. À população, o Conselho Tutelar Sul reafirma o compromisso com a vida, a proteção integral e a justiça em favor de todas as crianças e adolescentes."

Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente:

"O Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente de Campo Grande/MS (CMDCA/CG/MS) manifesta profundo pesar e consternação diante do bárbaro crime ocorrido no último dia 27 de agosto, que vitimou Emanuelly Victória de Souza de apenas 6 anos de idade. O CMDCA se solidariza com a família e com toda a sociedade campograndense, que sofre diante de tamanha violência contra uma criança. O CMDCA informa que está averiguando os fatos relacionados ao caso e acompanhando, no âmbito de suas atribuições e as apurações já em andamento pelos órgãos competentes, como Ministério Público, Poder Judiciário, Conselhos Tutelares e demais integrantes da rede de proteção à infância e adolescência. O CMDCA, como parte integrante da rede de proteção à infância e adolescência, reafirma seu compromisso de zelar pela garantia dos direitos da criança e do adolescente, conforme previsto no art. 227 da Constituição Federal e no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), e destaca que seguirá atuando para fortalecer as políticas públicas de proteção integral, de modo a prevenir e coibir situações de violência e negligência. Reiteramos nosso respeito e solidariedade à família da Emanuelly, colocando-nos à disposição para colaborar com os órgãos de apuração e para contribuir, dentro de nossa competência, na busca por respostas e medidas que evitem que tragédias como esta se repitam."

Fonte: G1

"ECA Digital": entenda o que muda com o PL da Adultização.


O Senado Federal aprovou, nesta quarta-feira (27), o Projeto de Lei nº 2.628, chamado de “ECA Digital” e conhecido como PL da Adultização, que aumenta a proteção de crianças e adolescentes na internet. O projete recebeu esse nome porque visa ampliar o alcance do ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente) para o ambiente digital.

A tramitação do "ECA Digital" acontece semanas após o influenciador Felipe Bressanim Pereira, o Felca, publicar um vídeo expondo casos como o de Hytalo Santos, que explorava a imagem sexualizada de crianças e adolescentes nas redes sociais.

O PL cria regras para a garantia de direitos e proteção de menores de idade na internet. Para isso, estabelece diretrizes e obrigações para as plataformas digitais. O tema da “adultização” ganhou destaque no debate público após denúncias feitas sobre conteúdos nas redes sociais que expõem a sexualização de menores de idade.

O que muda com o PL da Adultização?

O projeto obriga fornecedores de produtos e serviços de tecnologia da informação a adotar medidas para prevenir o acesso de crianças e adolescentes a conteúdos prejudiciais, como pornografia, bullying, incentivo ao suicídio e jogos de azar.

Lucas Ruiz Balconi, doutor em direito pela USP (Universidade de São Paulo) e especialista em direito digital, explica que o PL da Adultização, agora aprovado, provocará uma "inversão do ônus". Se hoje cabe somente aos pais regularem como seus filhos usam as redes sociais, as plataformas precisarão tomar a frente da situação.

"A mudança é de uma postura reativa para uma proativa. A segurança deixa de ser um 'problema do usuário' e passa a ser uma obrigação de engenharia da plataforma", afirma Balconi. "Antes de lançar um novo produto ou realizar mudanças no algoritmo, as plataformas serão legalmente obrigadas a analisar e mitigar os riscos que ele pode gerar, desde o vício em telas até a exposição a conteúdos nocivos."

A implementação do "ECA Digital" traria ainda uma série de novas responsabilidades às plataformas, conforme explicou à CNN o advogado especialista em processo legislativo e direito público André Dantas.

"Com a nova lei, empresas de tecnologia terão que assumir obrigações específicas: verificar a idade de quem acessa os serviços, vincular contas de menores a um responsável, restringir a publicidade direcionada e oferecer ferramentas de controle parental já ativadas por padrão. A lei também endurece as sanções, prevendo multas que podem chegar a R$ 50 milhões para casos de descumprimento", acrescentou.

Como funcionaria a regulação?

Do jeito que está hoje, o PL da Adultização prevê ainda a criação de uma autoridade nacional autônoma, cuja missão seria a de zelar, editar regulamentos e procedimentos e fiscalizar cumprimento da nova legislação.

Balconi compara a proposta ao Digital Services Act (DSA), que está sendo implementado na Europa. A ideia, segundo ele, é que o órgão funcione como uma espécie de "delegacia do ambiente digital", que teria o poder de auditar as empresas, impor sanções e mediar conflitos.

"Essencialmente, o órgão regulador é a materialização do poder do Estado para garantir que o interesse público se sobreponha ao interesse comercial das plataformas. É um mecanismo importante, mas que requer cautela", afirmou à CNN.

O texto, aprovado com amplo apoio e de forma simbólica, segue agora para a sanção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Fonte: Cnn

quinta-feira, 28 de agosto de 2025

Conselheira tutelar morre em acidente de carro no interior do Ceará.


Uma conselheira tutelar morreu após bater o carro dela em outro veículo na BR-226, no trecho que liga as cidade de Solonópole e Milhã, no interior do Ceará, na noite desta terça-feira (26).

Mara Aquino de Oliveira estava sozinha no veículo no momento do acidente. Ela ficou presa às ferragens e faleceu no local.

A Prefeitura de Solonópole decretou três dias de luto pela morte da conselheira, que atuava no município.

"Mara Aquino deixa sementes de esperança e proteção em cada vida que tocou, que serão eternamente lembradas. Em observância ao Decreto Municipal , as bandeiras nas repartições públicas municipais serão hasteadas a meio-mastro durante este período. Nossas sinceras condolências à família e amigos.", disse a nota da prefeitura.

Fonte: G1

Conselheiras tutelares e motorista são agredidos na zona rural.


Na tarde desta quarta-feira (27), por volta das 15h30, duas conselheiras tutelares e um motorista foram vítimas de agressão na zona rural de Parnarama, na região de Santa Isabel, após o povoado Paiol do Centro.

Segundo informações, o suspeito, identificado apenas pelas iniciais R., atacou o grupo com socos e utilizando objetos perfurantes. Durante a agressão, ele ainda puxou o cabelo de uma das conselheiras, arremessou uma cavadeira contra as vítimas e danificou o veículo oficial usado pela equipe.

As vítimas sofreram ferimentos ao tentar se defender da violência e precisaram de atendimento médico.

A Polícia Militar de Parnarama foi acionada e prendeu o suspeito em flagrante. Ele foi conduzido para a Central de Flagrantes em Timon, onde permanece à disposição da Justiça.

O caso segue em investigação.


Fonte: Blog Rai Silva

quarta-feira, 27 de agosto de 2025

Conselho Tutelar aborda protocolo de violência junto às escolas estaduais.


O Conselho Tutelar de Americana, vinculado à Secretaria de Assistência Social e Direitos Humanos, está trabalhando junto à rede estadual de ensino a aplicação do protocolo de violência voltado ao atendimento de crianças e adolescentes. A formação tem como objetivo orientar sobre o reconhecimento de sinais de maus-tratos e o procedimento de comunicação de casos ao órgão.

Participam das reuniões diretores de escolas estaduais, supervisores e psicólogos do Programa CONVIVA (Programa de Melhoria da Convivência e Proteção Escolar).

Nesta quinta-feira (21), na sede do Conselho Tutelar, foi realizada mais uma etapa do ciclo de quatro encontros. A formação começou no dia 7 e segue até 28 de agosto, sempre às quintas-feiras, das 9h às 13h.

Segundo o coordenador do Conselho Tutelar, Rodrigo Miletta, a iniciativa busca aprimorar a comunicação e fortalecer o trabalho de educadores e demais agentes da rede de proteção da infância. "Na rotina escolar, os profissionais de educação mantêm contato diário com os estudantes e têm a capacidade de identificar as situações de violência, possibilitando atender e encaminhar com agilidade, por meio dos procedimentos exigidos, casos que envolvem as crianças e os adolescentes. Desta forma, o Conselho Tutelar reforça as orientações junto à rede estadual de ensino, visando promover a garantia de direitos, o enfrentamento e a prevenção das situações de violência", explicou.

A atividade de formação está entre as atribuições do Conselho Tutelar, conforme o artigo 136, inciso XII, do ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente).

O dirigente regional de Ensino, Haroldo Ramos Teixeira, também participa da ação. "O Conselho Tutelar é parceiro da escola e o alinhamento é necessário para integração de ações e procedimentos, visando o objetivo maior que é proteger as crianças e adolescentes", disse.

Fonte: Prefeitura de Americana

CCJ do Senado aprova projeto de lei que retira fiança para pedofilia


Acusados de crime de pedofilia não terão direito à fiança. É o que diz um projeto aprovado nesta quarta-feira (27), na Comissão de Constituição e Justiça do Senado.

A proposta altera pontos do Código Penal e do Estatuto da Criança e do Adolescente determinando que não haja fiança em crimes como corrupção de menores, favorecimento de prostituição ou outra forma de exploração sexual de crianças e adolescentes, além de produzir, reproduzir, dirigir, fotografar, filmar, registrar cena de sexo explícito ou pornográfica, envolvendo criança ou adolescente; vender ou trocar material desse tipo, assediar, constranger ou simular a participação de crianças ou adolescentes em cena de sexo explícito ou pornográfica.

Na justificativa, o relator classificou o abuso e a exploração sexual de crianças e jovens como um crime covarde em que o combate deve ser dever do Estado.

Foram 15 votos favoráveis e nenhum contrário. O projeto é terminativo, ou seja, se não houver recurso, vai direto para a Câmara, sem passar pelo plenário.

Fonte: Agência Brasil

terça-feira, 26 de agosto de 2025

Erika Hilton pede prisão de conselheira tutelar do DF que coagiu jovem agredida e disse que 'lésbica e ateia é coisa do demônio'.


A deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP) acionou o Ministério Público do Distrito Federal nesta segunda-feira (25) para pedir providências contra a conselheira tutelar do DF Cláudia Damiana da Silva – investigada por condutas violentas no atendimento a uma adolescente em 2024.

No documento de nove páginas (veja detalhes abaixo), Erika Hilton sugere que o MP peça à Justiça a destituição de Cláudia Damiana do cargo e a prisão preventiva da conselheira.

O pedido será analisado pela Promotoria de Justiça dos Direitos da Infância e Juventude. Um inquérito civil sobre o caso foi aberto pelo MP no último dia 18.

O g1 revelou nesta segunda que Cláudia Damiana é acusada de:
  • violência institucional após comentários discriminatórios;
  • coação psicológica;
  • revitimização;
  • exibição de conteúdo sensível para a jovem.
"Estou pedindo a prisão de Cláudia Damiana por homotransfobia - termo utilizado pelo STF ao criminalizar todas as formas de LGBTFobia - e pela indução ao suicídio", escreveu a deputada em uma rede social.

"Pois não basta ela apenas perder o cargo. Quem pratica a lesbofobia e induz uma pessoa em vulnerabilidade ao suicídio não precisa ser Conselheira Tutelar para fazer isso. Quero que ela pague por este crime vil. Que, na prisão, ela tente provar para as paredes a existência desse seu "Deus" deturpado feito à imagem de sua própria maldade", seguiu a parlamentar.

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Violência, coação e ultimato

O caso foi em 19 de setembro de 2024. Nesse dia, a vítima foi atendida por Cláudia Damiana na UPA do Sol Nascente – e durante a conversa, relatou ter sido vítima de violência psicológica e violência sexual cometidas pelo próprio pai.

Em resposta, a conselheira tutelar disse uma série de ofensas e repreendeu a adolescente, com frases como:
  • "ser lésbica e ateia é coisa do demônio"
  • "vou te provar que Deus existe"
  • "você precisa ler a Bíblia"
  • "o que você está me dizendo é pecado"
  • Depois, ainda segundo o relato da vítima, Cláudia Damiana deu um ultimato à jovem.
"Você escolhe: mudar de cidade para um lugar desconhecido, com outra família, sem celular; ou ficar com sua mãe?"
Já ao fim do atendimento, a conselheira tutelar teria mostrado à jovem uma foto com um conteúdo sobre automutilação.

Após a visita de Cláudia Damiana, a adolescente de 17 anos tentou se matar. Uma medida protetiva de urgência foi aplicada contra a conselheira sob pena de prisão em caso de descumprimento.

O g1 perguntou ao Conselho Tutelar do Sol Nascente se Cláudia Damiana segue atendendo na unidade. Até a publicação deste texto, ainda não havia resposta.

Segundo o Portal da Transparência do Governo do Distrito Federal, o último salário recebido pela conselheira tutelar foi em junho, um valor líquido de R$ 9.092,23.

O pedido de prisão

No documento enviado ao MP, Erika Hilton diz que a "gravidade das condutas exige responsabilização imediata da conselheira, tanto na esfera administrativa quanto na penal".

"É necessária a decretação de prisão preventiva e a destituição do cargo de Cláudia Damiana, considerando que a medida não se limita à perda funcional, mas visa proteger crianças e adolescentes de uma pessoa que demonstrou comportamento criminoso e abusivo, inclusive por homotransfobia, conforme previsto pelo STF ao criminalizar todas as formas de LGBTFobia", escreve.

"Quem pratica lesbofobia e induz uma pessoa em vulnerabilidade ao suicídio representa risco à sociedade e deve ser responsabilizado criminalmente, tanto para garantir justiça à vítima quanto para prevenir novos atos de violência institucional", segue Erika.

Investigação em múltiplas esferas

Além da Polícia Civil (PCDF) e do Ministério Público (MPDFT), a Comissão de Ética e Disciplina dos Conselheiros Tutelares (Cedicon) abriu um processo administrativo.

Entenda abaixo como cada órgão apura o caso:

MPDFT: começou o inquérito civil na segunda-feira (18), publicado no Diário Oficial da União (DOU) na sexta-feira (22). O Ministério Público aguarda andamento e conclusão das apurações em outras instâncias, mas vai intimar envolvidos e pedir informações.

PCDF: a Delegacia de Atendimento à Mulher (DEAM II), em Ceilândia, investiga o caso.

Cedicon: começou o processo administrativo em fevereiro de 2025 após denúncia anônima na Ouvidoria do DF. Em junho, a comissão informou que o caso seguia em apuração e que Cláudia Damiana da Silva Teixeira tinha sido ouvida e informações foram solicitadas ao Conselho Tutelar do Sol Nascente.

Precisa de ajuda?

O ideal é sempre procurar ajuda de um profissional habilitado. O Ministério da Saúde divulga os seguintes canais:
  • CAPS e Unidades Básicas de Saúde (Saúde da Família, Postos e Centros de Saúde).
  • UPA 24h, SAMU 192, Pronto Socorro; Hospitais
  • Centro de Valorização da Vida – telefone 188 (ligação gratuita). O CVV – Centro de Valorização da Vida realiza apoio emocional e prevenção do suicídio, atendendo voluntária e gratuitamente todas as pessoas que querem e precisam conversar, sob total sigilo, por telefone, e-mail, chat e voip, 24 horas por dia, todos os dias. A ligação para o CVV em parceria com o SUS, por meio do número 188, é gratuita a partir de qualquer linha telefônica fixa ou celular.
  • Também é possível acessar www.cvv.org.br para chat, Skype, e-mail e mais informações sobre a ligação gratuita.
Fonte: G1

Alienação Parental: lei completa 15 anos com desafio de dar voz à criança e não impor afetos.


A alienação parental, definida pela Lei nº 12.318/2010, ocorre quando um dos responsáveis dificulta ou impede a convivência da criança com o outro genitor. Aproveitar-se da vulnerabilidade do menor para inserir falsas memórias, desqualificar o pai ou a mãe e restringir o contato sem motivo são algumas práticas listadas pela legislação, que completa 15 anos nesta terça-feira (26).

Embora não seja crime, a prática é passível de punições civis e administrativas, como advertência, alteração da guarda e acompanhamento psicológico. A dúvida que persiste, no entanto, é se a lei consegue, de fato, reparar os danos à formação da criança e à relação familiar.

O que diz a Lei de Alienação Parental?

A legislação tem como objetivo proteger crianças e adolescentes de situações de conflito familiar, assegurando que os vínculos familiares sejam saudáveis com ambos os genitores.

Dessa forma, é definido como alienação parental qualquer ato que interfira na formação psicológica do menor e prejudique o relacionamento com um dos pais, tais como:
  • Criar obstáculos para o contato ou visitas do filho com o pai ou a mãe;
  • Desqualificar de forma contínua a conduta do genitor no exercício da maternidade ou paternidade;
  • Omitir informações relevantes sobre a vida da criança ou adolescente;
  • Mudar de residência sem justificativa, dificultando a convivência;
  • Fazer acusações falsas para prejudicar a relação entre filho e genitor.
Esses mecanismos são usados para fazer a criança "acreditar numa circunstância que não foi vivida de fato, sepultando as memórias positivas e reais compartilhadas com o genitor alienado", explica a advogada Gisele Martorelli.

Houve alienação parental. E agora?
Segundo dados mais recentes do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), são registradas, em média, 4,5 mil ações de alienação parental por ano, número que chegou a 5.152 processos apenas até outubro de 2023, em meio a divórcios litigiosos e disputas de guarda.

Embora haja debates em torno do uso indevido da lei, "mensagens, áudios, vídeos e testemunhos podem ser fundamentais para comprovar o caso", explica o advogado e mestre em Direito Civil Luís Henrique Azevedo.

O genitor responsável pela alienação, além de ser advertido e multado, pode sofrer "suspensão do direito de convivência, modificação do direito de guarda, restrição ou ampliação do direito de convivência", continua.

Uma vez constatada a alienação, "a lei não diz nada especificamente sobre os próximos passos, mas a gente pode analisar a questão de acordo com os princípios do Direito da Família, que é o da solidariedade familiar, da busca pela felicidade e do exercício das responsabilidades parentais", explica o advogado.

Isso significa que, em um mundo ideal, a criança teria o acompanhamento psicológico determinado pela justiça e a relação entre os genitores passaria a ser harmônica. Todavia, esse não é o mundo real.

Ainda é possível reestabelecer laços?

Especialista em Psicologia Clínica, Cognitiva e Jurídica, Sonia Carneiro Proto explica que, quando uma criança vítima de alienação parental chega ao atendimento psicoterápico, ela "chega robotizada. Ela não pensa, tudo ela justifica. E tem uma prontidão para as respostas". E aí que mora o desafio de estimular a criança a pensar e falar por si mesma.

Para a psicóloga, a principal ferramenta para isso é o brincar. "Conversamos com a criança por meio do brincar. E não conversamos sobre família, conversamos sobre ela, que é o que interessa". Por que, na realidade, "a alienação parental é colocar a criança no lugar de um objeto".

Ela aproveita para reforçar que o tratamento não objetiva reestabelecer os vínculos perdidos, muito menos dizer que ela foi enganada por um genitor. "O objetivo é ela [a criança] se dar conta dos afetos dela, e não criar um afeto direcionado", lógica que se igualaria à própria alienação parental.

Mas de nada adianta se não houver a participação positiva da família. Sonia faz questão de enfatizar que, "quando falamos de alienação parental, temos que trabalhar o parental". O tratamento inclui a presença de irmãos, avós e pessoas do cotidiano, criando um ambiente que estimule a construção de percepções próprias da criança.

Os vínculos abalados ou perdidos em decorrência da alienação parental são, na perspectiva de Sonia, possíveis de serem recuperados. Mas a terapia não vai impor isso à criança, e sim abrir os caminhos para que ela entenda o que aconteceu e crie os seus próprios afetos.

Fonte: Jornal do Comércio

segunda-feira, 25 de agosto de 2025

Dia Nacional da Infância: como o ato de brincar ajuda a aprender na escola.


Neste domingo (24), celebra-se o Dia Nacional da Infância, data estabelecida para alertar sobre a necessidade de assegurar às crianças os direitos à vida, saúde, educação, lazer e dignidade, conforme estabelece o ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente). 

Mais do que uma forma de diversão, brincar é reconhecido pelo ECA e pela ONU (Organização das Nações Unidas) como um direito fundamental e um dos pilares de uma infância saudável. A ludicidade, além de garantir momentos de prazer, influencia de maneira decisiva o desenvolvimento cognitivo, social, emocional e motor, criando bases sólidas que repercutem positivamente no desempenho escolar ao longo da vida.

Em brincadeiras simbólicas, jogos de grupo e atividades ao ar livre, as crianças têm a oportunidade de testar hipóteses, vivenciar diferentes papéis sociais, resolver conflitos e fortalecer habilidades como cooperação, empatia e imaginação. “O brincar é a linguagem natural da criança. É nesse espaço que ela explora possibilidades e constrói saberes essenciais para a vida. Quando a ludicidade está presente na rotina escolar, o aprendizado teórico também se torna mais fácil e prazeroso”, afirma Adriana Selga, consultora pedagógica da Inspira Rede de Educadores.

De acordo com a pedagoga, cada tipo de brincadeira estimula diferentes áreas de desenvolvimento. Jogos como “amarelinha” ou “jogo da velha ajudam a compreender limites e respeito às regras coletivas. Atividades de construção, como montar blocos de encaixe ou criar estruturas com peças de madeira, fortalecem o raciocínio lógico e a coordenação motora. Já as brincadeiras de faz-de-conta, ampliam a capacidade de comunicação e criatividade.

As famílias também podem incorporar algumas brincadeiras simples no dia a dia. “Propor atividades como pintar, ler, participar de jogos de tabuleiro ou explorar espaços ao ar livre ajuda a estimular, de forma equilibrada, cada etapa do crescimento. Além disso, é na primeira infância e ao longo da educação infantil que eles adquirem habilidades essenciais para os processos de alfabetização e letramento”, destaca Adriana.

Confira a seguir brincadeiras para fazer em casa que contribuem para o aprendizado e o desenvolvimento das crianças:

Caça ao tesouro: esconda objetos e crie pistas simples, incentivando o raciocínio lógico e a atenção.

Teatro de fantoches: com meias, bonecos ou papel, crie personagens e histórias, estimulando a imaginação e a comunicação.

Pular corda ou elástico: trabalha a coordenação motora e promove a saúde física.

Massinha caseira: ótima para desenvolver habilidades motoras finas e a criatividade.

Circuito com almofadas: um percurso com obstáculos que incentiva equilíbrio, força e concentração.

Leitura compartilhada: reunir os amigos em uma "noite do pijama", por exemplo, e escolher livros adequados à faixa etária para praticar a leitura em conjunto, ajuda a incentivar o gosto pela literatura e a ampliar o vocabulário.

Jardinagem simples: plantar sementes e acompanhar o crescimento das plantas ensina muito sobre paciência, cuidado e meio ambiente.

Jogos de memória: cartas, figuras ou objetos ajudam a exercitar a atenção, o foco e a memorização de forma divertida.

Fonte: CNN