domingo, 24 de novembro de 2024

Espécime de ave da Mata Atlântica declarada extinta retorna ao Brasil.


Coletado há mais de 200 anos, um material científico raro foi devolvido ao Brasil: um espécime do tietê-de-coroa (Calyptura cristata), ave endêmica da Mata Atlântica. Seu retorno ao território brasileiro é resultado de uma ação integrada entre o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), o Museu de Zoologia da Universidade de São Paulo (MZUSP) e o Museu de História Natural de Berlim.

A espécie foi declarada extinta por mais de um século, de 1860 até 1996, quando foi novamente avistada por um ornitólogo brasileiro no entorno do Parque Nacional da Serra dos Órgãos, em Teresópolis (RJ). Endêmico de uma pequena área do Sudeste do país, o tietê-de-coroa é considerado um dos maiores enigmas da avifauna sul-americana.

O Prof. Dr. Luís Fábio Silveira, curador de aves do MZUSP, conseguiu a cessão desse exemplar para a coleção do Museu, onde permanecerá à disposição da comunidade científica brasileira para estudos. Com esse material, os pesquisadores poderão aprofundar seus conhecimentos sobre essa espécie tão significativa, sem a necessidade de viagens ao exterior.

Todo o processo para a obtenção e o endosso das licenças de importação foi acompanhado pelo Ibama, em especial pela Coordenação de Comércio Exterior da Biodiversidade (Comex) e pela Unidade Técnica do Ibama no Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas (SP). Os procedimentos administrativos e fiscalizatórios garantiram a regularidade e a segurança da operação.

Fonte: Portal do Tupiniquim

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