domingo, 15 de setembro de 2024

PADRE é denunciado pelo MP por pregar contra HOMOSSEXUALIDADE.


O Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) denunciou à Justiça o padre Antônio Carlos dos Santos, da Diocese de Nova Friburgo, pelo crime de racismo qualificado. O religioso é acusado de discriminação e preconceito por ter falado contra a homossexualidade em uma de suas homilias em 2023. O MPRJ pede uma indenização no valor de R$ 50 mil por danos coletivos. O valor seria repassado a uma instituição ligada aos direitos dos homossexuais.

O caso ocorreu em 30 de abril de 2023, durante uma missa de sétimo dia no Colégio Nossa Senhora das Dores, em Nova Friburgo. O autor da denúncia, Bernardo Dugin, relatou em suas redes sociais que, na época, dirigiu-se até a 151ª Delegacia de Polícia de Nova Friburgo e registrou uma ocorrência contra o crime. O ator acusou o padre de ter feito "um discurso de ódio, discurso homofóbico".

A denúncia também afirma que o sacerdote afirmou que "o demônio está entrando na casa das pessoas de diferentes formas para destruir as famílias na representação da união de pessoas do mesmo sexo, homem com homem, mulher com mulher".

Na época em que a denúncia foi feita, o bispo Dom Luiz Antonio Lopes Ricci, de Nova Friburgo, afirmou por meio de uma nota oficial que "lamentava profundamente" o fato ocorrido e pediu perdão às pessoas que se sentiram ofendidas.

O padre envolvido no caso também se pronunciou. Antônio Carlos dos Santos disse que não teve o "intuito de ofender nenhuma classe ou pessoa" e se desculpou "por eventual interpretação que se tenha dado a essas falas”.

“Quem me conhece sabe que minha missão como sacerdote católico é professar a verdade do evangelho e a doutrina da Igreja, de forma literal, como está escrito na Bíblia e no catecismo. Reitero meu compromisso com a sociedade, sem distinção de raça, etnia, cor ou orientação sexual, pois entendo que somos todos iguais aos olhos de Deus. Meu papel é proclamar o mandamento da caridade, respeito, misericórdia e tolerância”, disse.

O advogado Miguel Vidigal, da União dos Juristas Católicos de São Paulo, acredita que o sacerdote deve ser inocentado. Segundo ele, "independente da discussão sobre a referida equiparação, que acabou criando uma disposição legal — algo que deveria partir do legislativo e não do judiciário —, os ministros fizeram uma importante ressalva em sua decisão, determinando que a criminalização ‘não alcança nem restringe o exercício da liberdade religiosa".

Fonte: Portal de Prefeitura

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