segunda-feira, 11 de março de 2024

PERNAMBUCANA é a primeira do país a obter REGISTRO INTERSEXO na Justiça.


A jornalista pernambucana Céu Albuquerque se tornou a primeira pessoa no Brasil a conseguir na justiça a retificação de nome e sexo, de acordo com a Associação Brasileira de Intersexos (Abrai). Em sua certidão de nascimento, o campo de sexo foi mudado de feminino para intersexo.

A Associação explica que as pessoas intersexo são aquelas que possuem características sexuais que não se encaixam nos padrões médicos e sociais de corpos femininos ou masculinos, desde que nascem. Essas características podem envolver cromossomos, órgãos genitais, hormônios, entre outros fatores.

“O resultado deste processo era muito aguardado, não apenas como uma realização pessoal, mas também como um marco significativo para toda a comunidade intersexo em geral. Muitas vezes, uma conquista coletiva é o fruto de uma luta individual, e essa batalha foi travada por meio de mim, com a esperança de um futuro melhor para essas crianças”, disse Céu.

Céu nasceu no Recife e descobriu que é intersexo há quatro anos. Logo nos primeiros anos de vida, ela passou por uma cirurgia de “adequação” do seu sexo biológico, como se o fato de ter um órgão genital com características ambíguas fosse uma anormalidade ou doença.

“Quando eu nasci em 1991, fiquei seis meses sem registro de nascimento, esperando o exame de cariótipo sair para verem qual a prevalência de gênero o meu corpo possuía, vejo isso como a primeira violação de direitos humanos que sofri, após finalmente ter meu registro, e ser registrada como no gênero feminino, passei por uma mutilação genital, pois nem a sociedade e nem meus pais poderia aceitar a existência de um bebê com genitália ambígua, mesmo sendo um bebê saudável“, relata Céu.

Fonte: Portal de Prefeitura


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