De acordo com dados do Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos, o consumo de remédios para ansiedade cresceu 10% entre 2019 e 2022; o de sedativos, usados para dormir, aumentou 33%; e o de antidepressivos saltou 34%.
O médico psiquiatra e professor aposentado da Universidade Federal do Mato Grosso do Sul, Juberty Souza, diz que antes da pandemia já tinha um aumento de diagnósticos e consumo de remédios para ansiedade e depressão.
Mas a crise sanitária causou mudanças drásticas na vida das pessoas e, aí, veio outro fator: a automedicação.
O psiquiatra alerta para o risco do uso excessivo desses medicamentos, porque alteram o equilíbrio do cérebro.
A intoxicação é o risco imediato, mas não o único.
A farmacêutica e membro do Conselho Federal de Farmácia, Walleri Reis, diz que as pessoas conseguem esses medicamentos de forma irregular pela internet ou com conhecidos.
Segundo a Anvisa, medicamentos controlados só podem ser vendidos com a retenção da receita e o registro de toda a movimentação.
A desobediência aos parâmetros pode ser enquadrada como crime de tráfico de drogas.
A agência informou que, desde 2021, conta com a ajuda de uma ferramenta de inteligência artificial para monitorar a publicidade de venda de medicamentos na internet.
Mais de 174 mil anúncios irregulares de remédios já foram retirados do ar.
Fonte: Agência Brasil
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