domingo, 19 de novembro de 2023

Ministério da Saúde lança campanha Novembro Roxo de prevenção à prematuridade.

Dia Mundial da Prematuridade, celebrado nesta sexta-feira (17) , é destinado à conscientização acerca dos desafios dos nascimentos prematuros em todo o mundo, que afetam 15 milhões de crianças a cada ano em todo o planeta. O Brasil ocupa hoje a 10ª posição no ranking mundial de países com mais nascimentos fora do tempo, com aproximadamente 302 mil nascimentos de bebês com menos de 37 semanas de gestação, independente do peso.

Ao lembrar a data, foi lançada hoje pelo Ministério da Saúde a campanha Novembro Roxo que este ano tem com o tema:  ‘Pequenas ações, GRANDE IMPACTO: contato pele a pele imediato para todos os bebês, em todos os lugares’, em parceria com a ONG Prematuridade.com. E, ainda, a ‘Semana em Alusão à Prevenção da Prematuridade 2023’, que é uma das ações ações da campanha.  

A cerimônia de lançamento ocorreu no auditório Emílio Ribas, no ministério, e contou com a participação do diretor do departamento de gestão do cuidado integral da Secretaria de Atenção Primária à Saúde (SAPS), Marcos Pedrosa; da assessora técnica do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), Carla Ulhoa; da consultora da Organização Panamericana de Saúde (Opas), Luzinete Bandeira; da coordenadora da área de políticas Públicas da Prematuridade.com, Suéllen Sátiro, dentre outros especialistas no assunto. 

“Essa data é muito feliz porque dá visibilidade à prematuridade, mostra o quanto é importante tratar adequadamente a gestante e ajuda no cotidiano das equipes que atuam na atenção primária”, destacou Marcos Pedrosa.

Uma das metas do Novembro Roxo é propor ações para reduzir as taxas de prematuridade em toda rede de saúde do país e chamar atenção para o cuidado com esses recém-nascidos, também chamados de pré-termos.

O nascimento antes de 37 semanas de gestação pode ser responsável pelo desenvolvimento de problemas cerebrais e exposição dos recém-nascidos a experiências estressantes e dolorosas enquanto permanecerem internadas na unidade neonatal.

Durante um mês, o ministério vai realizar ações que levem ao adequado desenvolvimento dessas crianças. Entre as iniciativas estão a oferta de suporte às necessidades biológicas, ambientais e familiares dos pequenos.  Na prática, é oferecer uma abordagem assistencial humanizada e qualificada.

A prevenção da prematuridade envolve cuidados durante a gestação e a adoção de hábitos saudáveis antes e durante a gravidez. 

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Reduzindo riscos de prematuridade

Seguem algumas medidas que as mulheres e suas famílias podem tomar para reduzir o risco de prematuridade:

Cuidados pré-natais adequados: É fundamental iniciar o acompanhamento médico pré-natal o mais cedo possível após a confirmação da gravidez. As consultas regulares permitem ao médico monitorar o progresso da gestação e identificar qualquer sinal de risco prematuro.

Estilo de vida: Adotar um estilo de vida saudável ajuda a garantir uma gravidez saudável. Isso inclui adotar uma dieta equilibrada rica em nutrientes, a ingestão adequada de água, a prática de exercícios físicos leves (sempre com orientação médica), evitar fumar e consumir álcool, e reduzir o estresse.

Controle das condições clínicas: Se a gestante tiver condições médicas pré-existentes, como diabetes ou hipertensão, é importante mantê-las sob controle e seguir o tratamento recomendado pelo médico.

Evitar infecções: Tomar medidas para prevenir infecções durante a gravidez é crucial. Isso inclui lavar as mãos regularmente, evitar contato com pessoas doentes e seguir as orientações médicas sobre vacinação, em especial, contra a gripe e a rubéola.

Planejamento familiar: Espaçar as gestações adequadamente pode reduzir o risco de prematuridade. Conversar com um profissional de saúde sobre o planejamento familiar e os intervalos adequados entre as gestações é importante.

Evitar substâncias nocivas: Evitar o uso de drogas ilícitas e substâncias tóxicas é fundamental para a saúde do bebê e para a prevenção da prematuridade.

Ações de prevenção

 Além disso, o governo federal, por meio da pasta da Saúde, desenvolve diversas ações de prevenção à prematuridade e cuidados com os bebês. São elas:

Método Canguru e o contato pele a pele

É uma política nacional de saúde que integra um conjunto de ações voltadas para a qualificação do cuidado ao recém-nascido e sua família. Essas ações são estabelecidas pelas equipes profissionais das Unidades Neonatais. O Método Canguru atua por meio de uma prática comprovada para o cuidado de bebês prematuros de baixo peso ao nascer (menos de 2.500g). A abordagem inclui o contato pele a pele entre pais ou cuidadores e bebês, visando melhorar o ganho de peso, promover a lactação e reduzir riscos de mortalidade e infecção. O método é aplicado globalmente para manter a temperatura corporal adequada, fortalecer o vínculo entre pais e bebês, aumentar a produção de leite materno, melhorar o bem-estar do bebê e aumentar a confiança dos pais.

QualiNEO

A Estratégia QualiNEO é uma prática clínica sistematizada do cuidado neonatal, criada para qualificar a atenção ao recém-nascido nas maternidades, reforçando a perspectiva do cuidado em rede e a integração das estratégias do Ministério da Saúde. Ela promove a qualificação do cuidado na unidade neonatal e a organização da rede assistencial percorrida pela gestante e pelo recém-nascido. Cerca de 80 maternidades em todo país já aderiram às ações dessa iniciativa.

 Política de Aleitamento Materno

A política de aleitamento materno tem a finalidade de fomentar proteção, promoção e apoio ao aleitamento materno, como assegura os direitos da criança, previstos na Constituição Federal e no Estatuto da Criança e do Adolescente. Dentro dela estão:

Estratégia Amamenta e Alimenta Brasil

A Estratégia Amamenta e Alimenta Brasil (EAAB), lançada em 2012, tem o objetivo de qualificar o processo de trabalho dos profissionais da atenção básica. A iniciativa estimula a promoção do aleitamento materno e da alimentação saudável para crianças menores de dois anos no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS).

 Iniciativa Hospital Amigo da Criança (IHAC)

É uma estratégia lançada no mundo inteiro pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e UNICEF com a finalidade de promover, proteger e apoiar o aleitamento materno no âmbito hospitalar.

Rede de Bancos de Leite Humano (BLH)

A Rede de Bancos de Leite Humano é uma ação estratégica da Política Nacional de Aleitamento Materno que, além de coletar, processar e distribuir leite humano a bebês prematuros e de baixo peso, realiza atendimento de orientação e apoio à amamentação.

Mulher Trabalhadora que Amamenta

A ação capacita profissionais de saúde para serem tutores na temática para conscientizar os gestores de empresas sobre a importância da manutenção do aleitamento para a saúde das crianças, mulheres e para a sociedade.

Norma Brasileira para Comercialização de Alimentos para Lactentes e Crianças de Primeira Infância, Bicos, Chupetas e Mamadeiras (NBCAL)

É um conjunto de normas que regulam a promoção comercial e a rotulagem de alimentos e produtos destinados a recém-nascidos e crianças de até três anos de idade, como leites, papinhas, chupetas e mamadeiras e tem como finalidade assegurar o uso apropriado desses produtos de forma que não haja interferência na prática do aleitamento materno.

Materiais de consulta

Por fim, o Ministério da Saúde disponibiliza para profissionais de saúde e familiares materiais de consulta e apoio na prevenção à prematuridade e cuidados com os bebês que nascem com menos de 37 semanas de gestação:

Para profissionais

Manual técnico "Método Canguru" | Ministério da Saúde

Atenção à Saúde do Recém-Nascido, Guia para os Profissionais de Saúde | Ministério da Saúde

Prevenção de infecções relacionadas à assistência à saúde em neonatologia| OPAS

Guia para Saúde Sexual e Reprodutiva e Atenção Obstétrica | UNFPA

Aleitamento Materno na unidade neonatal | Fiocruz

Para as famílias

Cartilha sobre Direitos no Contexto da Prematuridade | ONG Prematuridade

Calendário de vacinação do prematuro| ONG Prematuridade

Cartilha Cuidados com o Bebê Prematuro | ONG Prematuridade

Fonte: Ministério da Saúde


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