terça-feira, 29 de agosto de 2023

Funcionária de berçário chuta carrinho de bebê, e crianças dormem em colchões velhos no chão.


Uma ex-funcionária gravou um vídeo onde mostra uma outra funcionária chutando um carrinho de bebê e crianças dormindo em colchões velhos no chão de um berçário, em Aparecida de Goiânia, na Região Metropolitana da capital. O caso foi denunciado ao Conselho Tutelar, que esteve no local e presenciou situações de maus-tratos, falta de higiene e superlotação.

O g1 tentou contato com a dona do berçário, mas não obteve sucesso até a última atualização desta matéria. A Secretaria de Educação informou que a instituição não é conveniada e, segundo o Conselho Tutelar, não tem registro no Conselho Municipal de Educação. Segundo a superintendência de Vigilância em Saúde, o local foi interditado pela Polícia Civil (PC).

O vídeo feito pela ex-funcionária mostra o fogão onde eles preparavam as refeições sujo. Em fotos, é possível ver as crianças dormindo em colchões velhos, sujos e rasgados. Em outro vídeo, é possível ver uma funcionária batendo com um cabo de vassoura e chutando um carrinho com uma criança dentro, além de outra chorando sozinha na lavanderia do local.

A situação foi relatada ao Conselho Tutelar em uma denúncia anônima. A conselheira Célia Maria visitou o berçário na quarta-feira (23) e, segundo ela, além dos vídeos “impressionantes”, foi possível verificar situações de maus-tratos, falta de higiene e superlotação. Maria conta que havia apenas uma mulher para cuidar de mais de 15 crianças, entre 9 meses e 7 anos.

“Superlotação e muita sujeira. Vimos as crianças naquela situação, algumas choravam até dormir e outras com as fraldas sujas”, detalha.


A conselheira afirma que os pais pagavam R$ 220 reais para os filhos ficaram meio período e R$ 300 o dia todo. Além disso, conta que conversou com algumas mães, que disseram que não sabiam das condições do berçário. “Uma mãe relatou que o filho chegava em casa sujo e com mordidas”, disse. Maria ainda destaca que havia um bebê de 9 meses com catapora.

“Nós também falamos com a dona do berçário que disse que tinha viajado no final de semana e não teve tempo para limpar, essa foi a justificativa dela”, revela.

Após a visita e as entrevistas, o Conselho enviou um ofício à Vigilância Sanitária para solicitar a interdição imediata do berçário e encaminhou o caso à Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA) da Polícia Civil (PC). A delegada responsável pelo caso, Thaynara Andrade, informa que esteve no local, porém ele estava fechado.

“Estava tudo trancado e não havia nenhuma criança e, por isso, não conseguimos entrar e flagrar algo”, explica.
Segundo a delegada, com a presença dos policiais, alguns pais se aproximaram e começaram a relatar o que acontecia no berçário e contaram que o Conselho Tutelar esteve no local. Por isso, orienta que os pais denunciem os crimes à polícia. “A orientação é para que os pais registrem a ocorrência para que, assim, a Polícia Civil (PC) possa dar início às investigações”, finaliza.

Fonte: G1

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