domingo, 4 de junho de 2023

Confira, em detalhes, relato da mulher que acusa padre Airton Freire de participação em estupro.


Sílvia Tavares, a mulher que acusa o padre Airton Freire, criador da Fundação Terra, de ter orquestrado e participado de um estupro contra ela, na companhia do motorista dele, Jailson Leonardo da Silva, contou, em entrevista exclusiva à Folha de Pernambuco, detalhes do episódio que ela diz ter acontecido em agosto do ano passado, na residência do religioso, em Arcoverde, no Sertão de Pernambuco.

A Polícia Civil de Pernambuco (PCPE) e o Ministério Público de Pernambuco (MPPE) são as instituições responsáveis pela condução dessa investigação. Até o momento, 22 pessoas já foram prestar depoimentos.

A mulher rememorou a data em que a violência sexual teria acontecido, um dia após sua chegada na Fundação Terra para um retiro. Ela disse que foi chamada pelo padre para fazer uma massagem e minutos depois o crime teria acontecido, a mando do próprio sacerdote, que se masturbava enquanto assistia à violência. 

“Eu cheguei na Fundação Terra no dia 17, mas o estupro aconteceu no dia 18, às 6h30. Ele pediu uma massagem e eu subi em cima dele. Ele estava de costas e eu comecei a massagear o ombro e as costelas, foi quando ele pediu para Jailson botar hidratante na minha mão para deslizar mais fácil. Então, o padre me pediu para eu apertar o cóccix dele e eu vi que ele tava sem cueca, aí pulei da cama e Jailson botou a faca em mim e me deu uma ‘gravata’. O padre disse que se eu colaborasse, nada ia acontecer e começou a rir”, disse de início.

O ato sexual não consentido com Jailson Leonardo da Silva, segundo Sílvia, aconteceu por ordem do padre, que presenciou tudo.

“Ele se levantou da cama e sentou numa cadeira e começou a se masturbar. Disse para eu tirar a roupa e o rapaz que estava com a faca em mim também, então Airton abriu a boca e disse ‘estupre ela’ e ele me estuprou”, afirmou Sílvia.

A relação entre Sílvia e o padre era de proximidade e ele, antes do acontecimento, era tido pela mulher como “um santo”, por conta de uma graça que recebeu em sua saúde e que atribuía à fé.

“Para mim, ele era um santo. Através de Deus, consegui um êxito dele em relação a um coágulo que eu tive na cabeça, então eu fiquei muito devota dele”, afirmou a mulher que tem uma tatuagem em homenagem ao religioso, que disse que removerá em breve.

Reservado

O padre Airton Freire nega as acusações e diz estar se sentindo “injustiçado” com os relatos. Nesta sexta-feira (2), ele usou as suas redes sociais para informar que estaria entrando em um “período de silêncio” na casa onde mora, em Arcoverde. 

Fonte: Folha PE


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