terça-feira, 23 de maio de 2023

Prédio do Conselho Tutelar se deteriora.


"A atual legislatura de Santos possui dois ex-conselheiros tutelares e nem isso foi suficiente para cobrar intervenções no imóvel sede do Conselho Tutelar da Zona Leste. Fica a pergunta no ar: o que o legislativo santista está fazendo?"

A indignação, em tom de denúncia, é de um leitor do Diário inconformado com a precariedade do imóvel, situado na Rua Bahia 196, no movimentado bairro do Gonzaga. Há informações da necessidade de várias intervenções, mas ele aponta principalmente a limpeza das calhas e manutenção básica no seu interior.

Sobre os legisladores, o leitor refere-se a Augusto Duarte (PSDB) e João Neri (PSD). Mas a Casa já teve outro ex-conselheiro tutelar: Bruno Orlandi (PSD) - atualmente secretário de Assuntos Portuários e Emprego de Santos que, no Executivo, deveria zelar pelos próprios públicos.

O imóvel em questão é da Prefeitura de Santos desde 1976. Foi desapropriado pelo então prefeito Antônio Manoel de Carvalho, mas carece de serviço de manutenção por parte do poder público. Em 2022 o Conselho Tutelar da Zona Leste registrou 1.325 atendimentos presenciais, totalizando cerca de 2.650 pessoas atendidas no período.

"Nem mesmo o alto índice de atendimentos sensibilizou os representantes do Legislativo que permanecem inertes ou inoperantes em relação ao assunto", completa o leitor.

CÂMARA E PREFEITURA.

"A situação atual do imóvel não foi passada a mim até esse momento, mas me coloco totalmente à disposição para atender essa demanda e solicitar as obras necessárias para o mais breve possível", disse Neri. Augusto Duarte não se manifestou.

A Prefeitura de Santos informa que o prédio mencionado tem previsão de receber intervenções de manutenção nas próximas semanas. Concomitantemente, a Prefeitura estuda a possibilidade de realocar a sede do Conselho Tutelar da Zona Leste para um outro imóvel, na mesma região, visando oferecer melhor infraestrutura.

AUMENTO.

Vale lembrar, enquanto o prédio do Conselho Tutelar se deteriora aos poucos, a Mesa Diretora da Câmara pretende gastar mais R$ 3 milhões (R$ 3.274.563,63) com reformas no plenário do Castelinho - sede do legislativo santista.

Somados aos valores em 2010, no restauro do Castelinho, em que foram gastos R$ 14.949.832,52, a reforma retirou e retirará dos cofres públicos santistas cerca de R$ 18 milhões em 12 anos de obras.

Vale lembrar que alunos da rede pública de ensino terão que assistir aula em um galpão mal climatizado e repleto de pontos críticos, no Saboó, até ficar pronta a reforma da Unidade Municipal de Educação (UME) Oswaldo Justo, no bairro Chico de Paula.

Além disso, estudantes de 26 das 86 escolas sofrem sem ar-condicionado e, há meses, o andar superior e a passarela que divide os dois blocos do Centro Cultural da Zona Noroeste (localizado no sambódromo) estão comprometidos, pondo em risco alunos da rede que fazem atividades artísticas, esportivas e pedagógicas na parte inferior do espaço.

Fonte: Diário do Litoral

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