terça-feira, 23 de agosto de 2022

Polícia abre inquérito para investigar mãe suspeita de espancar filho de 10 anos.


"Se a polícia vier aqui porque você machucou a menina, você vai para o abrigo, você vai voltar para lá. Lá que é seu lugar. Lugar de quem agride as pessoas é dentro do abrigo (...) Cala a sua boca, você estragou minha noite", a declaração é de uma mulher suspeita de espancar o filho, de 10 anos, em Pedro Leopoldo, na Região Metropolitana de Belo Horizonte.

Vídeos que circulam em grupos de WhatsApp mostram a criança sendo agredida no chão, aparentemente dentro de uma casa. Outras pessoas estão no imóvel, sendo que uma delas filma a ação da suspeita.

Nesta terça-feira (23), a Polícia Civil informou que abriu inquérito para investigar o caso.

"Ontem (segunda-feira), o vídeo chegou de forma anônima ao Conselho Tutelar. As agressões teriam acontecido no último sábado (20). Ao tomar conhecimento, nossa equipe comunicou outros órgãos e deslocamos até a delegacia", informou a conselheira tutelar Rosângela Batista Reis.
Segundo ela, a mulher e o filho não estavam em casa quando os policiais chegaram. Ela estava voltando com a criança da escola.

"Chegou ao nosso conhecimento que o menino teria brigado com uma coleguinha e a mãe o agrediu como forma de corrigi-lo. Mas nada justifica essas agressões", explicou Rosângela.

A conselheira contou que o menino é filho único e morava com a mãe e o padrasto. Ele foi levado para uma casa de acolhimento.

"Vamos fazer um relatório e encaminhar ao juiz. Em 2019, a criança também passou alguns dias em uma casa de acolhimento após denúncias, mas a Justiça entendeu que ele deveria voltar à família", detalhou a conselheira.
Apuração
A delegada Priscila Santos, responsável pelo caso, afirmou que o caso está sendo apurado.

"Na data de ontem (22), a Polícia Civil de Minas Gerais, através da Delegacia de Pedro Leopoldo, recebeu um vídeo de uma mãe supostamente espancando uma criança de 10 anos. Imediatamente, em companhia do Conselho Tutelar, duas equipes da Polícia Civil se deslocaram até a residência da investigada para aplicar medida de proteção à criança. Foi instaurado inquérito para apurar o fato. A princípio, a mãe e as pessoas na residência respondem por tortura e omissão de socorro por não ter prestado o devido socorro para criança", afirmou a delegada conforme vídeo da assessoria de imprensa.

Ainda conforme a polícia, a suspeita não foi conduzida à delegacia nessa segunda-feira, uma vez que não tinha estado de flagrante.

Fonte: G1


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