O Conselho Tutelar de Brasília emitiu uma recomendação à Secretaria de Saúde do Distrito Federal a favor da manutenção do banheiro sem gênero instalado no Adolescentro, unidade referência em tratamento de saúde mental para adolescentes.
Uma crítica feita pelo deputado distrital Rodrigo Delmasso (Republicanos) iniciou a polêmica sobre o tema. O parlamentar pediu à Secretaria de Saúde a extinção do banheiro sem gênero. Ele disse que recebeu denúncia de pais, segundo os quais “meninas são obrigadas a compartilhar banheiros com homens”.
A Secretaria de Saúde, porém, esclareceu que o Adolescentro tem banheiro coletivo masculino, banheiro coletivo feminino e um banheiro sem gênero que é de uso individual, ou seja, só uma pessoa pode utilizá-lo por vez.
O Conselho Tutelar de Brasília informou que o banheiro sem gênero “é um espaço de acolhida aos adolescentes que não se identificam com seu sexo biológico ou que estão em transição”.
“Sabemos que são inúmeros os casos de adolescentes que retêm a urina, causando infecções urinárias por não se sentirem confortáveis em utilizar o WC direcionado ao seu sexo de nascimento. Sabemos que inúmeros adolescentes tentam autoextermínio por não serem aceitos pela família e pela sociedade, e é fundamental a atuação dos órgãos de saúde para garantir espaços de acolhida e reconhecimento”, afirmou.
Cinco conselheiros tutelares da região central da capital federal assinaram o documento nessa quarta-feira (14/4).
O presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara Legislativa do DF (CLDF), deputado distrital Fábio Felix (PSol), também pediu à Secretaria de Saúde que mantenha o banheiro sem gênero. O parlamentar pontuou que transfobia é crime.
Fonte: Metrópoles
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