Uma mulher de 38 anos e o companheiro dela foram indiciados pela Polícia Civil pelo crime de tortura contra a própria filha da acusada, de 12 anos, no município de Porto Grande, a 103 quilômetros de Macapá. Segundo a investigação, iniciada após denúncia do Conselho Tutelar, a mãe praticava as agressões e o padrasto não fazia nada que a impedisse.
O delegado titular da Delegacia de Porto Grande, Bruno Braz, detalhou que a mãe confessou o crime e o padrasto apresentou vídeos que mostram a situação da adolescente após ter sido torturada.
“A vítima era rotineiramente agredida, causando intenso sofrimento, tanto psicológico quanto físico. Nos vídeos que nos foram apresentados dá para perceber a gravidade da situação. A mãe confessou que espancava a filha e chegou a puxar a faca para furá-la. Teve uma ocasião que ela tentou acertar a filha com uma terçadada”, relatou.
Ainda de acordo com a polícia, a adolescente sofreu vários tipos de agressões pela mãe, entre socos, puxões de cabelos e chutes. A menina contou em depoimento que era torturada por motivos banais, como a perda de um carregador de celular.
A investigação descobriu que a mãe já foi usuária de drogas e alegou que estava tomada por um "espírito ruim" quando espancou a filha.
Em depoimento, o padrasto disse que filmou as agressões para mostrar à esposa na tentativa que ela mudasse o comportamento.
“Além da mãe da vítima, o padrasto também foi indiciado por tortura, devido a sua omissão diante os fatos, pois sabia das agressões, podia agir para evitar, mas foi conivente”, explicou o delegado.
O inquérito policial foi concluído e enviado ao Ministério Público do Amapá (MP-AP) para que a denúncia seja ofertada à Justiça.
Fonte: G1
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