quinta-feira, 30 de setembro de 2021

Conselho Tutelar faz ação educativa contra abuso sexual.

O Parcão foi o local escolhido pelo Conselho Tutelar de Novo Hamburgo para falar sobre prevenção à violência sexual na tarde de sábado (25). Uma equipe formada por conselheiros das duas regiões de atendimento do Município conversaram com pais e crianças, de uma maneira simples e objetiva, sobre o que pode e o que não se pode ser tocado no corpo.

Com a ajuda de um banner, onde foi desenhado uma menina e um menino, as cores verde, amarelo e vermelho, a exemplo do semáforo de trânsito, indicavam o cuidado que é preciso ter quando os pequenos são tocados por alguém.

A ação também foi acompanhada pela Associação dos Conselheiros Tutelares do Estado (Aconturs), que deu início à Caravana da Prevenção. Segundo o presidente da entidade, Jéferson Leon, a intenção é visitar todos os municípios para abordar o assunto. Como as escolas ficaram fechadas por muito tempo por causa da pandemia e a rede de ensino é a maior informante de casos de abuso, a tendência é que a partir de agora surjam muitas denúncias. “Nós precisamos que as crianças e os adolescentes também aprendam a se defender”, salienta Leon.

Preste atenção
Semáforo do toque
Verde - pode tocar
Amarelo - tome cuidado
Vermelho - não pode tocar

Cabeça e braços- sinal verde
Pernas, pés e bochecha- sinal amarelo
Peito, boca e no meio das pernas- sinal vermelho

Sempre que um alguém avançar o sinal vermelho converse com seus pais

1. Mudanças de comportamento
O primeiro sinal é uma possível mudança no padrão de comportamento da criança, como alterações de humor como agressividade repentina, vergonha excessiva, medo ou pânico. Isso costuma ocorrer de maneira imediata e inesperada. Em algumas situações a mudança de comportamento é em relação a uma pessoa ou a uma atividade em específico.

2. Proximidades excessivas
A violência costuma ser praticada, na maioria dos casos, por familliares ou pessoas próximas da família. O abusador muitas vezes manipula emocionalmente a criança, que não percebe estar sendo vítima e, com isso, costuma ganhar a confiança fazendo com que ela se cale.

3. Comportamentos infantis repentinos
É importante observar as características de relacionamento social da criança. Se o jovem voltar a ter comportamentos infantis, os quais já abandonou anteriormente, é um indicativo de que algo esteja errado. A criança e o adolescente sempre avisam, mas na maioria das vezes não de forma verbal.

4. Silêncio predominante
Para manter a vítima em silêncio, o abusador costuma fazer ameaças de violência física e mental, além de chantagens. É normal também que usem presentes, dinheiro ou outro tipo de material para construir uma boa relação. É essencial explicar à criança que nenhum adulto ou criança mais velha deve manter segredos com ela que não possam ser compartilhados com pessoas de confiança, como o pai e a mãe, por exemplo.

5. Mudanças de hábito súbitas
Uma criança vítima de violência, abuso ou exploração também apresenta alterações de hábito repentinas. Muito sono ou falta dele, falta de concentração, aparência descuidada, entre outros, são indicativos de que algo está errado.

6. Comportamentos sexuais
Crianças que apresentam um interesse por questões sexuais ou que façam brincadeiras de cunho sexual e usam palavras ou desenhos que se referem às partes íntimas podem estar indicando uma situação de abuso.

7. Traumatismos físicos
Os vestígios mais óbvios de violência sexual em menores de idade são questões físicas como marcas de agressão, doenças sexualmente transmissíveis e gravidez. Essas são as principais manifestações que podem ser usadas como provas à Justiça.

8. Enfermidades psicossomáticas
Unidas aos traumatismos físicos, enfermidades psicossomáticas também podem ser sinais de abuso. São problemas de saúde, sem aparente causa clínica, como dor de cabeça, erupções na pele, vômitos e dificuldades digestivas, que na realidade têm fundo psicológico e emocional.

9. Negligência
Muitas vezes, o abuso sexual vem acompanhado de outros tipos de maus tratos que a vítima sofre em casa, como a negligência. Uma criança que passa horas sem supervisão ou que não tem o apoio emocional da família estará em situação de maior vulnerabilidade.

10. Frequência escolar
Observar queda injustificada na frequência escolar ou baixo rendimento causado por dificuldade de concentração e aprendizagem. Outro ponto a estar atento é a pouca participação em atividades escolares e a tendência de isolamento social.

Fonte: Jornal NH


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