O Parcão foi o local escolhido pelo Conselho Tutelar de Novo Hamburgo
para falar sobre prevenção à violência sexual na tarde de sábado (25).
Uma equipe formada por conselheiros das duas regiões de atendimento do
Município conversaram com pais e crianças, de uma maneira simples e
objetiva, sobre o que pode e o que não se pode ser tocado no corpo.
Com a ajuda de um banner, onde foi desenhado uma menina e um menino,
as cores verde, amarelo e vermelho, a exemplo do semáforo de trânsito,
indicavam o cuidado que é preciso ter quando os pequenos são tocados por
alguém.
A ação também foi acompanhada pela Associação dos Conselheiros
Tutelares do Estado (Aconturs), que deu início à Caravana da Prevenção.
Segundo o presidente da entidade, Jéferson Leon, a intenção é visitar
todos os municípios para abordar o assunto. Como as escolas ficaram
fechadas por muito tempo por causa da pandemia e a rede de ensino é a
maior informante de casos de abuso, a tendência é que a partir de agora
surjam muitas denúncias. “Nós precisamos que as crianças e os
adolescentes também aprendam a se defender”, salienta Leon.
Preste atenção
Semáforo do toque
Verde - pode tocar
Amarelo - tome cuidado
Vermelho - não pode tocar
Cabeça e braços- sinal verde
Pernas, pés e bochecha- sinal amarelo
Peito, boca e no meio das pernas- sinal vermelho
Sempre que um alguém avançar o sinal vermelho converse com seus pais
1. Mudanças de comportamento
O primeiro
sinal é uma possível mudança no padrão de comportamento da criança, como
alterações de humor como agressividade repentina, vergonha excessiva,
medo ou pânico. Isso costuma ocorrer de maneira imediata e inesperada.
Em algumas situações a mudança de comportamento é em relação a uma
pessoa ou a uma atividade em específico.
2. Proximidades excessivas
A violência
costuma ser praticada, na maioria dos casos, por familliares ou pessoas
próximas da família. O abusador muitas vezes manipula emocionalmente a
criança, que não percebe estar sendo vítima e, com isso, costuma ganhar a
confiança fazendo com que ela se cale.
3. Comportamentos infantis repentinos
É
importante observar as características de relacionamento social da
criança. Se o jovem voltar a ter comportamentos infantis, os quais já
abandonou anteriormente, é um indicativo de que algo esteja errado. A
criança e o adolescente sempre avisam, mas na maioria das vezes não de
forma verbal.
4. Silêncio predominante
Para manter a
vítima em silêncio, o abusador costuma fazer ameaças de violência física
e mental, além de chantagens. É normal também que usem presentes,
dinheiro ou outro tipo de material para construir uma boa relação. É
essencial explicar à criança que nenhum adulto ou criança mais velha
deve manter segredos com ela que não possam ser compartilhados com
pessoas de confiança, como o pai e a mãe, por exemplo.
5. Mudanças de hábito súbitas
Uma
criança vítima de violência, abuso ou exploração também apresenta
alterações de hábito repentinas. Muito sono ou falta dele, falta de
concentração, aparência descuidada, entre outros, são indicativos de que
algo está errado.
6. Comportamentos sexuais
Crianças que
apresentam um interesse por questões sexuais ou que façam brincadeiras
de cunho sexual e usam palavras ou desenhos que se referem às partes
íntimas podem estar indicando uma situação de abuso.
7. Traumatismos físicos
Os vestígios
mais óbvios de violência sexual em menores de idade são questões físicas
como marcas de agressão, doenças sexualmente transmissíveis e gravidez.
Essas são as principais manifestações que podem ser usadas como provas à
Justiça.
8. Enfermidades psicossomáticas
Unidas
aos traumatismos físicos, enfermidades psicossomáticas também podem ser
sinais de abuso. São problemas de saúde, sem aparente causa clínica,
como dor de cabeça, erupções na pele, vômitos e dificuldades digestivas,
que na realidade têm fundo psicológico e emocional.
9. Negligência
Muitas vezes, o abuso
sexual vem acompanhado de outros tipos de maus tratos que a vítima sofre
em casa, como a negligência. Uma criança que passa horas sem supervisão
ou que não tem o apoio emocional da família estará em situação de maior
vulnerabilidade.
10. Frequência escolar
Observar queda
injustificada na frequência escolar ou baixo rendimento causado por
dificuldade de concentração e aprendizagem. Outro ponto a estar atento é
a pouca participação em atividades escolares e a tendência de
isolamento social.
Fonte: Jornal NH
Nenhum comentário:
Postar um comentário