domingo, 14 de março de 2021

Conselho Tutelar acolhe 16 menores, a maioria de pais que não conseguiram sustentá-los.

 

O Conselho Tutelar da Zona Sul de Macapá registrou 16 casos de acolhimento de crianças e adolescentes em janeiro e fevereiro deste ano. Foram 4 casos a mais que em 2020. O cenário causou preocupação para a instituição.

Na maioria dos casos, os menores de idade estavam em famílias em vulnerabilidade social e afetadas pela crise da pandemia da Covid-19. Alguns deles foram vítimas de agressões físicas.

A presidente do Conselho Tutelar da Zona Sul, Huelma Medeiros, explicou que a pandemia tem sido um fator importante para a maioria dos casos de acolhimento na cidade. Sem dinheiro para garantir comida, remédios ou moradia, a família prefere que a criança more em um abrigo.

"Essas famílias não estão encontrando estruturas, mesmo ganhando benefício para manter os seus filhos. Então chega a situação de pais e mães procurarem o Conselho Tutelar querendo entregar os seus filhos porque entendem que dentro da instituição eles estariam mais seguros, estariam se alimentando e estariam tendo um lugar para dormir", disse Huelma. 

Quando isso acontece, o Conselho Tutelar solicita à Justiça o acolhimento para que as crianças e adolescentes sejam encaminhadas aos abrigos Ciã Katuá e Marluza Araújo, protegidas da vulnerabilidade social.

"A nossa função é requisitar à Justiça a medida protetiva para que ela possa ter um lar seguro, que ela possa não sofrer mais nenhum tipo de problema tanto com a parte psicológica, quanto a parte física", disse a presidente.

A população pode denunciar ao Conselho Tutelar casos de crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade, através do disque 100. Com isso, o órgão conhece a realidade da família e elabora um plano de assistência, dependendo do caso.

"A gente pede que a população não se cale, que não permita que a criança e o adolescente continue sendo vítima de violência dentro de casa ou mesmo na sociedade. Então denuncie. Caso necessário, nós iremos fazer as intervenções que cabem à nossa competência", afirmou a conselheira.

Fonte: G1 

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