Uma criança de 6 anos foi resgatada pelo Conselho Tutelar após ficar sozinha em casa pelo menos por quatro horas, no Setor Pedro Ludovico, em Goiânia. O menino foi acolhido na noite de sexta-feira (20), após uma vizinha denunciar que não havia ninguém em casa junto à criança e que ele havia quebrado o vidro da porta para sair da residência. A mãe alega que ele não ficou sozinho por muito tempo.
O Conselho Tutelar chegou à casa por volta de 18h para resgatar a criança. O menino foi levado a um abrigo e foi alimentado. Conforme a conselheira tutelar Rebecca Chaves, a mãe da criança havia saído no dia anterior e deixado a criança aos cuidados do pai.
“Ele estava em uma situação de abandono, completamente negligenciado. Segundo ele mesmo, a mãe já tinha saído no dia anterior de casa, devido a uma discussão, e o pai saiu hoje cedo e não retornou. Ficando ele sem alimentação, sem nenhum tipo de cuidado básico”, disse.
"Encontrar uma criança em uma situação tão vulnerável machuca, dói o coração, porque a gente vê uma criança que estava abandonada, completamente vulnerável, a gente consegue visualizar na própria conversa com a criança que é uma criança violada”, desabafou.
A mãe chegou em casa por volta de 22h, quatro horas após o Conselho Tutelar. Ela não quis gravar entrevista com a equipe da TV Anhanguera que foi ao local.
Momento em que a mãe do menino abandonado chega em casa, por volta de 22h, em Goiânia, Goiás — Foto: Reprodução/TV Anhanguera
O Conselho Tutelar disse que vai fazer uma advertência aos pais e encaminhar o caso à Justiça. Rebecca acredita que eles podem responder por abandono de incapaz. “Primeiramente, nós precisamos entender esse contexto familiar, entender o histórico de violação que ele já se encontra. Esses pais precisarão ser advertidos, porque ao que consta não é uma situação que aconteceu agora, é algo já recorrente, já existe um histórico de abandono”, disse a conselheira.
A conselheira disse ainda que a criança deve ficar aos cuidados do abrigo até que seja deferido o retorno ao vínculo familiar ou a continuidade do acolhimento.
“Essa criança que está em acolhimento agora será submetida a um entendimento do judiciário, esses pais passarão por uma tratativa com psicólogos, com assistentes sociais. Como a situação já é recorrente, existe a incidência de violência doméstica, esses pais serão advertidos como medida protetiva,e encaminhados para todos os atendimentos pertinentes ao Estatuto da Criança e do Adolescente”, informou.
Fonte: G1
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