quarta-feira, 5 de agosto de 2020

Covid-19: Reabertura de escolas pelo país pode gerar uma segunda onda.


Cogitado por alguns países e já implementado por outros, o retorno das aulas presenciais pode representar um perigo à sociedade quando feito sem as medidas necessárias. Estudos indicam, por exemplo, que a retomada das atividades escolares sem o aumento da testagem poderia gerar uma segunda onda de covid-19.

No Brasil, o tema gera polêmicas marcadas por adiamentos, disputa judiciais e discordâncias até mesmo entre os pais de alunos. Enquanto a rede pública da maioria dos estados ainda não tem data definida para reabrir as escolas, quando o assunto é ensino privado, metade dos estados já se prepara para a volta às aulas.

Com base em diferentes cenários analisados, um estudo da University College London (UCL) e da Escola de Higiene e Medicina Tropical de Londres (LSHTM), publicado esta semana, concluiu que a reabertura integral das escolas do Reino Unido, em setembro, sem o aumento da testagem e rastreio de contatos, acompanhado do relaxamento gradual do isolamento social, poderia provocar uma segunda onda da doença, com o pico previsto para dezembro deste ano.

Diretor-assistente da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), Jarbas Barbosa afirmou que a reabertura das escolas “pode ser um fator de risco para novos surtos” nos estados ou regiões em que a doença ainda não está sob controle. “É muito importante, primeiro, ter o controle da transmissão e, quando for o momento, reabrir com todo o protocolo para garantir a segurança de meninos e meninas e dos professores”, declarou, durante a entrevista coletiva virtual da Opas ontem.

Sem esse controle há mais de três meses, a maioria dos estados brasileiros ainda não tem previsão para o retorno das atividades escolares da rede pública. A maioria adiou a decisão para o fim de agosto. Na balança, pesa a possibilidade de aumentar ainda mais a transmissão da covid no país, que ontem bateu a marca de 2,8 milhões de casos confirmados e mais de 95 mil mortes pela doença.

fonte: https://timesbrasilia.com.br

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