domingo, 28 de julho de 2019

Molde permite acabar com Orelhas de Abano já nos primeiros dias de vida!

Às vezes, um aspecto estético pode trazer muito sofrimento, tanto para conviver com ele quanto para mudá-lo. É o caso das deformidades nas orelhas, responsáveis por bullying, apelidos cruéis e baixa autoestima, além de cortes e cuidados cirúrgicos para quem opta pela correção. Mas um produto recém-registrado na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) promete acabar com esse estresse.
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EarWell é o nome da novidade que se popularizou em consultórios médicos da Europa e dos Estados Unidos e que, agora, chega ao Brasil. O médico Krishnamurti Sarmento, titular da Sociedade Brasileira de Otorrinolaringologia, explica:
“É um produto para moldar a orelha de quem nasce com alguma deformidade. É usado no primeiro mês de vida da criança, quando a orelha dela ainda está mole”.
 Esse novo tratamento aproveita a fase de desenvolvimento do bebê, quando ainda circulam no corpo dele os hormônios maternos, o que deixa a orelha mais mole e permite que ela seja moldada. Mas os pais não precisam se preocupar com o incômodo dos filhos, pois o EarWell não provoca dores e dificilmente deixa os pequenos angustiados. “A gente passa um álcool ao redor da orelha da criança para aplicar o molde, e ela costuma reclamar muito mais desse líquido gelado do que do produto em si”, conta Krishnamurti.
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O único porém do novo tratamento aparece quando os pais já não conseguem mais realizá-lo, pois ele deve ser aplicado nas primeiras semanas do bebê, como relata o especialista. “É muito comum chegarem crianças de 2 ou 4 meses, porque os pais não tiveram tempo de vir próximo ao nascimento. Mas já não dá mais, porque se perdeu a janela dos primeiros dias de vida. Aí só com cirurgia, anestesia e corte, depois dos sete anos de vida.”
De acordo com o Dr. João Daniel Caliman e Gurgel, doutor em medicina (Otorrinolaringologia) pela Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casade São Paulo, existem alguns tipos de deformidades que devem ser alerta:
  • Alterações de formato
  • Mudanças de posição, como orelhas em abano
  • Orelhas parecendo amassadas
  • Orelhas com dobras diferentes do normal
      Importante: Em caso de malformações, quando partes da orelhas estão faltando, o tratamento com EarWell não é indicado.
    
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Como funciona

  • EarWell é colocado pelo médico
  • O bebê fica com o produto 24h por dia
  • A cada duas semanas, em média, os pais voltam ao consultório para trocar o molde
  • Durante esse tempo, o EarWell vai moldando a orelha do bebê, que ainda tem a cartilagem mole e bem maleável
  • Ao final de 4 a 6 semanas, o tratamento está concluído
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Eficácia do tratamento

Se o tratamento for instituído nas primeiras 3 semanas há 90% de sucesso. Da terceira a quarta semana, 70% de sucesso. Após quatro semanas, cerca de 50% de correção. Após 6 semanas de vida o molde não é recomendado. São 46% dos casos sendo classificados como resultado bom ou excelente e 43% classificados como resultado justo. Após um ano de seguimento, estes resultados se mantêm estáveis, e é preciso lembrar que dentre os pacientes não tratados, 70% permaneceram com a deformidade ou pioraram.

Profissionais que podem realizar esse procedimento

A pertinência da indicação deve ser avaliada por médico otorrinolaringologista, pediatra ou cirurgião plástico. O uso seguro deve ser responsabilidade de um desses profissionais após treinamento adequado, e o próprio representante EarWell no Brasil mantém uma lista de profissionais habilitados a disposição pelo site.

Como funciona o EarWell no dia a dia, depois da aplicação

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Durante as primeiras semanas de vida os pacientes aceitam bem a presença do dispositivo. Para a instalação geralmente uma pequena área de tricotomia (corte de cabelo) é necessária na região periauricular. A pele é higienizada e o dispositivo é então colado por adesivos especiais, e adaptado conforme o tipo de deformidade. Os pacientes usam o dispositivo por 24 horas diárias, este é reaplicado se o adesivo afrouxar. Os pacientes são seguidos semanalmente após a iniciação, o dispositivo é aberto e higienizado, e a forma do orelha checada a cada retorno. Ao final do tratamento, a criança é mantida com pequenas fitas de retenção por mais duas semanas. O tempo médio de tratamento é de 33 dias. A presença do dispositivo geralmente não incomoda o paciente. Irritação da pele ou ulceração podem acontecer, e nesse caso o dispositivo é removido.

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