sexta-feira, 28 de março de 2025

Apac prevê altas temperaturas e pouca chuva no próximo trimestre em Pernambuco; saiba mais.


Agência Pernambucana de Águas e Clima (Apac) divulgou na terça-feira, 25 de março, a previsão climática para os meses de abril, maio e junho de 2025.

O prognóstico aponta para temperaturas acima da média em todo o Estado e um volume de chuvas variando entre normal e abaixo da média nas regiões do Agreste, Zona da Mata e Região Metropolitana do Recife.

No Sertão, o cenário é ainda mais preocupante, com expectativa de precipitação abaixo da climatologia histórica.

Os dados foram obtidos a partir da análise de modelos numéricos de previsão climática, que levam em consideração as condições dos oceanos Pacífico Equatorial e Atlântico Tropical, além de outros fatores atmosféricos globais.

O estudo foi apresentado durante a Reunião de Análise e Previsão Climática para o Nordeste do Brasil, realizada por videoconferência com participação dos Centros Estaduais de Meteorologia e do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).

A meteorologista Edivânia Santos explicou que a tendência de temperaturas elevadas está diretamente relacionada às condições dos oceanos Pacífico e Atlântico Tropical.

"Temos duas variáveis importantes: o Pacífico e o Atlântico. O Pacífico está aquecendo devagar, mas o Atlântico aquece mais rápido e pode afetar as chuvas com mais rapidez. Esse monitoramento constante é essencial para entender como as condições podem mudar", detalhou.

Ela destacou que, apesar das oscilações climáticas, as temperaturas devem permanecer elevadas, com médias acima de 29°C e sensação térmica elevada, tanto no litoral quanto no Sertão.

Mesmo com a previsão de acumulado de chuvas abaixo da média, a meteorologista esclareceu que isso não significa ausência total de precipitação.

"Abril, maio e junho marcam o período mais chuvoso para o litoral e Agreste, enquanto no Sertão, abril já é o fim da estação chuvosa. Podemos ter dias de chuva intensa seguidos de longos períodos secos", explicou.

Além disso, eventos extremos podem ocorrer, mesmo com a tendência de chuvas reduzidas.

"Quando falamos em chuvas abaixo da média, estamos tratando da média total do período. Isso não impede que ocorram dias com chuvas fortes, que são causados por fenômenos atípicos", enfatizou Edivânia Santos.

Com o cenário previsto, a Apac reforça a importância do monitoramento climático e da preparação para períodos de estiagem e possíveis eventos extremos, especialmente nas regiões mais vulneráveis do Estado.

Fonte: Portal de Prefeitura


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