Uma conselheira tutelar que atuou em Ituiutaba foi investigada pela Polícia Civil (PC) e indiciada pelo crime de falsidade ideológica. Para evitar trabalhar em novos casos, ela desarquivava processos já concluídos e os inseriam novamente em seus prontuários.
Após resgatar processos antigos, a conselheira, que tinha um salário bruto de R$ 3.894,06, não realizava qualquer atividade, o que demonstrava suas reais intenções de não dar expediente, segundo o delegado do caso Rafael Faria.
A investigação da PC também concluiu que ela forjava constantemente o próprio prontuário de atendimento, apresentava vários atestados médicos, não fazia plantões, além de se negar a atender casos que estavam sob sua responsabilidade.
O inquérito ressaltou que os atos da conselheira comprometeram os atendimentos de diversas crianças que viviam em situação de abuso sexual, e não receberam auxílio do Conselho Tutelar.
Durante depoimento à polícia, a ex-conselheira que atuou no órgão entre 2018 e 2020 não quis se pronunciar sobre os fatos investigados. O inquérito concluído na segunda-feira (27) já foi enviado à Justiça.
Por meio de nota, a Prefeitura informou que "a ex-conselheira tutelar exerceu o cargo no Conselho Tutelar de Ituiutaba durante o período de 2018 a 2020, em conformidade com mandato eletivo originário de eleição coordenada pelo Conselho Municipal da Criança e do Adolescente (CMDCA). Além das responsabilidades administrativas atribuídas ao CMDCA relacionadas ao desenvolvimento das ações do Conselho Tutelar, o trabalho é fiscalizado pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG)".
Fonte: G1
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