sexta-feira, 13 de outubro de 2023

PERNAMBUCO tem mais de 73% de CRIANÇAS vivendo em situação de POBREZA, segundo dados do UNICEF.


No Dia das Crianças, uma data que evoca alegria e celebração da infância, o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) lançou um alerta preocupante sobre a realidade das crianças em Pernambuco, no Brasil.

De acordo com uma pesquisa recente divulgada na última terça-feira, 10 de outubro, em 2022, 73,4% das crianças no estado estavam vivendo em situação de pobreza.

Embora o cenário seja inquietante, o estudo também revelou um vislumbre de esperança. Em 2019, a taxa de crianças em situação de pobreza em Pernambuco era ainda mais elevada, atingindo 77%. O declínio, embora modesto, demonstra um progresso no combate à pobreza infantil na região.

No contexto nacional, o Brasil também registrou uma ligeira melhora no mesmo período. A porcentagem de crianças vivendo em situação de pobreza, considerando suas diversas dimensões, diminuiu de 62,9% para 60,3%.

O relatório intitulado “Pobreza Multidimensional na Infância e Adolescência no Brasil,” lançado pelo Unicef, destaca que, mesmo enfrentando os desafios impostos pela pandemia de COVID-19, o país conseguiu, gradualmente, reduzir muitas das privações que afetam crianças e adolescentes.

Um dos aspectos cruciais apontados no estudo é a educação, em particular o combate ao analfabetismo. Um dado alarmante é que a proporção de crianças de 7 anos que não possuem habilidades de leitura e escrita saltou de 20% para 40% entre 2019 e 2022 no Brasil.

“Entre os resultados, o que traz o maior alerta é o tema da educação. Entre 2019 e 2022, o percentual de crianças de 7 e 8 anos que não sabiam ler nem escrever dobrou, passando de 20% para 40% em crianças de 7 anos. E para as crianças de 8 anos, de 8% para 20%. este aumento foi mais acentuado entre crianças negras em comparação com crianças brancas, o que é um fator preocupante porque isso significa ampliação das desigualdades raciais”, alerta Santiago Varella, especialista em Políticas Sociais do Unicef no Brasil.

O estudo também ressalta que as regiões Norte e Nordeste do Brasil enfrentam os maiores índices de crianças privadas de um ou mais direitos fundamentais.

Além disso, aponta para a persistente desigualdade racial, embora tenha havido uma leve redução nos últimos anos. A diferença no acesso a direitos entre crianças brancas e negras era de cerca de 22% em 2019, e diminuiu para aproximadamente 20% em 2022.

Fonte: Portal de Prefeitura

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