sexta-feira, 20 de outubro de 2023

Conselho tutelar: Não há meios para apurar denúncias, diz organizador.


O presidente do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente, Esequias Marcelino, afirma que a eleição para o conselho tutelar na cidade de São Paulo foi "transparente". Alvo de questionamentos, o processo é organizado pela Comissão Eleitoral Central, da qual ele é membro.

Não teve problema nenhum no pleito. Foi uma eleição transparente e acompanhada por representantes do Tribunal Regional Eleitoral e do Ministério Público estadual.
Esequias Marcelino, presidente do CMDCA (Conselho Municipal dos Direitos da Criança)

O que acontece
"A possibilidade de suspender a eleição não está em discussão", diz Marcelino. Segundo ele, representantes do Tribunal Regional Eleitoral fiscalizaram o pleito em todos os 325 pontos de votação. Além disso, o Ministério Público enviou membros a 321 dos 325 locais para monitorar a votação.

O aumento do número de votos foi uma "surpresa". O presidente do CMDCA informou que a quantidade de eleitores presentes na eleição saltou de 150 mil em 2019 para 200 mil no último dia 1º. "O passe livre foi decisivo para isso, ainda mais se a gente considerar que estava chovendo", disse ele. A liberação das catracas nos ônibus foi determinada pela Prefeitura de São Paulo.

"Os problemas que ocorreram estavam dentro do esperado", afirma responsável pela eleição. Marcelino diz que, na Vila Mariana, uma escola ficou sem energia. Foi uma das poucas ocorrências do tipo na cidade.

Eleição foi objeto de 450 denúncias
Votos trocados por cestas básicas, boca de urna nos locais de votação e atuação coordenada de igrejas e partidos foram algumas das irregularidades apontadas. Um relatório obtido pelo UOL aponta que só a Igreja Universal foi alvo de 70 reclamações. A igreja nega que tenha agido de forma irregular.

Organizadores da eleição não têm meios para investigar denúncias. Segundo Marcelino, o edital com as regras da disputa previa que a comunicação de irregularidades se desse acompanhada de evidências. Ele afirma que isso aconteceu com 55 nomes, que tiveram a candidatura impugnada pela comissão eleitoral.

Fonte: UOL


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