sábado, 9 de setembro de 2023

Resgatada de condição análoga à escravidão, empregada quis saber com quem a idosa que cuidava ficaria.


Uma idosa de 90 anos foi resgatada no Grajaú, bairro da Zona Norte do Rio, no último dia 22, de situação análoga à escravidão por jornada exaustiva. Ela foi considerada a mulher com mais idade já encontrada nessa condição. A vítima trabalhava havia 50 anos para a mesma família, dos quais 16 foram como empregada doméstica na casa. Ela também cuidava da mãe da empregadora, que tem mais de 100 anos. Com a alegação de que tinha responsabilidade de cuidar da outra idosa, a mulher estava desde dezembro sem ver os parentes. Segundo o Ministério Público do Trabalho (MPT), ela vivia sem "desconexão do trabalho" e se sentia na "obrigação de servir" a família. A procuradora Guadalupe Torres, que atuou no resgate, disse que a vítima ficou feliz que iria reencontrar a irmã, mas demostrou preocupação com a idosa que cuidava.

Uma idosa de 90 anos foi resgatada no Grajaú, bairro da Zona Norte do Rio, no último dia 22, de situação análoga à escravidão por jornada exaustiva. Ela foi considerada a mulher com mais idade já encontrada nessa condição. A vítima trabalhava havia 50 anos para a mesma família, dos quais 16 foram como empregada doméstica na casa. Ela também cuidava da mãe da empregadora, que tem mais de 100 anos. Com a alegação de que tinha responsabilidade de cuidar da outra idosa, a mulher estava desde dezembro sem ver os parentes. Segundo o Ministério Público do Trabalho (MPT), ela vivia sem "desconexão do trabalho" e se sentia na "obrigação de servir" a família. A procuradora Guadalupe Torres, que atuou no resgate, disse que a vítima ficou feliz que iria reencontrar a irmã, mas demostrou preocupação com a idosa que cuidava.

— Ela ficava à disposição da outra idosa 24 horas por dia: dava banho, cuidava, limpava a casa, levava no banheiro, inclusive durante a madrugada. Por mais que ela pudesse dormir à noite, não tinha a desconexão do trabalho, ela sempre estava lá, atenta a um possível chamado da idosa. Não tinha como recompor as energias — diz a procuradora.

A procuradora conta que a vítima dormia em um sofá ao lado do quarto da idosa para poder ouvir qualquer chamado que fosse feito, já que as duas ficavam sozinhas na casa. A empregadora morava na rua de trás e ia ao local poucas horas por dia.

A equipe também constatou que a mulher não possuía o vínculo devidamente registrado e, portanto, não tinha nenhuma garantia previdenciária e trabalhista.

— Ela ficava à disposição da outra idosa 24 horas por dia: dava banho, cuidava, limpava a casa, levava no banheiro, inclusive durante a madrugada. Por mais que ela pudesse dormir à noite, não tinha a desconexão do trabalho, ela sempre estava lá, atenta a um possível chamado da idosa. Não tinha como recompor as energias — diz a procuradora.

A procuradora conta que a vítima dormia em um sofá ao lado do quarto da idosa para poder ouvir qualquer chamado que fosse feito, já que as duas ficavam sozinhas na casa. A empregadora morava na rua de trás e ia ao local poucas horas por dia.

A equipe também constatou que a mulher não possuía o vínculo devidamente registrado e, portanto, não tinha nenhuma garantia previdenciária e trabalhista.

Fonte: O Globo

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