A Polícia Civil do Distrito Federal deflagrou, na manhã desta quinta-feira (21), a operação Degola, contra um grupo de hackers que tentou fraudar as eleições para o cargo de Conselheiro Tutelar do DF. Foram cumpridos três mandados de busca e apreensão em Santa Maria.
Segundo a investigação da Delegacia Especial de Repressão aos Crimes Cibernéticos, os suspeitos invadiram o site da empresa que promovia o concurso público. O objetivo era atacar especificamente a segunda fase do exame, que consiste na apresentação de documentos de caráter eliminatório.
Os hackers invadiram a conta de determinados concorrentes ao cargo, na maioria candidatos a reeleição. Depois disso, eles passaram a inserir documentos errados nos campos especificados, com o objetivo de causar a eliminação desses candidatos, impedindo-os de participarem da terceira fase do certame, que é a eleição por meio de voto direto, secreto e facultativo.
O concurso para a eleição e seleção de conselheiros tutelares está marcado para o dia 1º de outubro deste ano, das 9h às 17h. De acordo com o Conselho dos Direitos da Criança e do Adolescente do Distrito Federal (CDCA/DF), apesar da tentativa, a eleição ocorrerá normalmente.
O material cibernético apreendido será analisado pela Seção de Perícias de Informática do Instituto de Criminalística (IC).
Os crimes cometidos são de falsa identidade, invasão de dispositivo informático majorado e associação criminosa. Caso sejam condenados, os cibercriminosos poderão receber pena de até 10 anos de prisão.
Em nota, o Ministério Público do DF afirmou que "o sistema invadido foi o da empresa do concurso, e não o do TRE, que é quem organiza a eleição. Não queremos passar a ideia de que há qualquer suspeita sobre o sistema do TRE, porque não há. O sistema é seguro, e é muito importante enfatizar essa informação."
Fonte: G1
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