Uma denúncia foi protocolada no Ministério Público (MP) na última sexta-feira (11) por inscritos para participar do processo de escolha dos membros do Conselho Tutelar de Caxias do Sul. A queixa envolve inconsistências e irregularidades apontadas pelos candidatos desde o edital até a aplicação da prova, no dia 16 de julho.
Dez inscritos estão sendo representados pelo advogado Luís Felipe Burtet, que explana os questionamentos dos candidatos. Entre as contradições, candidatos que não atingiram 50 pontos nas questões objetivas não tiveram a redação avaliada, regra não exposta no edital.
Além disso, o conteúdo programático foi disponibilizado duas semanas antes da aplicação, tempo julgado insuficiente para preparação. Segundo os candidatos, um curso preparatório foi realizado, mas não abordou temas aplicados na prova. Os relatos são complementados por supostas ajudas no preenchimento dos cartões respostas e abertura dos envelopes sem a presença de todos os candidatos nas salas.
O advogado Luís Felipe Burtet comenta que a expectativa é de que o MP solicite a anulação da prova. Ele destaca que a ação também visa a proteção das crianças e adolescentes. O objetivo é que uma nova prova, nos padrões do edital, seja aplicada o quanto antes.
A reportagem contatou a presidente do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (Comdica), Ana Maria Franchi Pincolini, que reforçou as informações divulgadas no Diário Oficial do Município na sexta-feira (11). Neste, foi comunicada a suspensão da avaliação psicológica que estava agendada para o final de semana. Pois, apenas nove pessoas haviam sido aprovadas, número inferior ao necessário.
Por mensagem, Ana Maria reforçou que a comissão eleitoral está estudando possibilidades, pois outros municípios também tiveram o problema de baixo número de aprovados.
Fonte: Radio Caxias
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