segunda-feira, 6 de março de 2023

Data Magna: pernambucanos conhecem origem do feriado? Entenda o significado.


Em 2017, Pernambuco instituiu a comemoração do feriado estadual da Data Magna, que acontece no dia 6 de março. Neste ano, a celebração cai em uma segunda-feira, proporcionando um feriadão para a maioria dos trabalhadores e estudantes. No entanto, apesar do entusiasmo com o fim de semana estendido, boa parte dos pernambucanos não sabe ao certo o que será celebrado na próxima segunda (6). 

Nas ruas do Recife, transeuntes divergem em relação ao significado da data. A ambulante Maria da Conceição, 58, que trabalha nas imediações do Parque 13 de Maio, no bairro de Santo Amaro, tenta explicar o motivo do feriado, mas se confunde: “A Carta Magna é uma carta história que alguém enviou e decretaram feriado”.

Há, ainda, os que sabem que se trata de um fato histórico, mas não sabem ao certo o que aconteceu no dia 6 de março de 1817. É o caso da estudante Ana Clara Duarte, 20. “A data faz referência à Revolução Pernambucana, mas não sei bem o que aconteceu neste dia”, comenta.
 
Para alguns, como o aposentado Ivanelson Gomes, 76, a notícia de que há um feriado na próxima segunda (6) é novidade. “Eu não sei do que se trata. Sinceramente ando meio por fora das notícias”, justifica o idoso.

A explicação

O feriado da Data Magna, que tem abrangência estadual, foi instituído em 2017 após a aprovação da Lei nº 16.059/2017 na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe). A data faz referência à data em que ocorreu o estopim da Revolução Pernambucana de 1817; o movimento culminou com a formação de uma nação independente, que existiu durante 75 dias. O Estado independente compreendia territórios que hoje pertencem a Alagoas, Paraíba, Pernambuco e Rio Grande do Norte. 

No dia 6 de março de 1817, em meio a um clima de instabilidade política, o então governador de Pernambuco, Caetano Pinto, reagiu a um suposto princípio de movimento libertário conduzido por opositores à corte portuguesa. O mandatário ficou sabendo dos rumores revolucionários e deu ordem de prisão aos líderes do movimento. Os primeiros detidos foram os comerciantes Domingos Martins e Antônio da Cruz Cabugá, além do padre João Ribeiro Montenegro.

No mesmo dia, o capitão José de Barros Lima, que ficou conhecido como “Leão Coroado”, reagiu a uma voz de prisão e assassinou o comandante português que tentou prende-lo nas imediações do Forte das Cinco Pontas, localizado na Região Central do Recife. Após a reação, oficiais portugueses fugiram do local e os adeptos da insurreição libertaram outros manifestantes que haviam sido presos.

A reação da Coroa Portuguesa, representada por Dom João VI, veio em forma de repressão contra a insurreição.Os embates duraram 75 dias e resultaram na derrota dos rebeldes.

Fonte: Folha PE

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