sexta-feira, 23 de dezembro de 2022

Suicídio: quatro genes são ligados a maior risco de pensar ou agir contra a própria vida.


Um grande estudo americano identificou quatro genes que estão ligados a um risco aumentado de pensamentos e comportamentos suicidas.

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A pesquisa da Universidade Duke com o centro de veteranos Durham, ambos nos Estados Unidos, analisou o genoma de mais de 633 mil militares veteranos. Os resultados acabam de ser publicados na revista científica JAMA Psychiatry.

Dentro desse grupo, 121 mil casos de pensamentos ou ações suicidas foram identificados nos registros médicos. Os participantes foram classificados como grupo controle quando não tinham histórico documentado de comportamentos de autoagressão ao longo da vida.

De acordo com os autores, as descobertas auxiliam na compreensão de como os fatores de risco genéticos desempenham um papel na patologia de pensamentos e ações suicidas.

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“É necessário observar que esses genes não predestinam ninguém a problemas, mas também é importante entender que pode haver riscos aumentados, principalmente quando combinados com os acontecimentos da vida”, disse Nathan Kimbrel, professor do Departamento de Psiquiatria e Ciências Comportamentais da Duke e co-autor do estudo.

Genes

Os pesquisadores identificaram vários genes que eram evidentes entre os participantes com histórico de pensamentos ou ações suicidas. Quatro genes demonstraram ligação mais forte e foram previamente associados a condições psiquiátricas: o ESR1, um receptor de estrogênio — suspeita-se que o hormônio seja a causa das diferenças nas taxas de depressão entre os sexos—, o DRD2, um receptor de dopamina, o DCC, expresso no tecido cerebral ao longo da vida, e o TRAF3.

Além desses genes, os pesquisadores também identificaram nove genes de risco específicos de ancestralidade.

“Embora os genes representem um pequeno risco em relação a outros fatores, precisamos entender melhor os caminhos biológicos que estão por trás do perigo de uma pessoa se envolver em comportamento suicida”, disse Kimbrel.

“O suicídio é a causa de mais de 700 mil mortes anualmente e é a quarta principal causa de morte entre pessoas de 15 a 29 anos. Quanto mais soubermos, melhor poderemos prevenir essas mortes trágicas”, completa a pesquisadora. 

Fonte: Expresso do Sertão

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