terça-feira, 25 de outubro de 2022

Menino de 10 anos morre após ser baleado por amigo de 11 em Tietê.


Um menino de 10 anos morreu após ser baleado por um amigo de 11 em Tietê, na madrugada do último domingo (23). O caso ocorreu em um sítio na zona rural da cidade. A arma era do padrasto do garoto que atirou. O homem foi detido, mas liberado em seguida.

Segundo o delegado Wesley Almeida Cirineu, da Delegacia de Tietê, a família da vítima é de Tatuí e visitava um casal de amigos no município vizinho. Enquanto os amigos brincavam, o mais velho encontrou uma espingarda do padrasto perto da cozinha e disparou acidentalmente contra o outro. A bala acertou o indicador esquerdo e o pescoço dele.

Ainda conforme Cirineu, apesar de terem sido encontrados dois ferimentos, houve apenas um tiro. “Acredito que a outra criança, ao manusear a arma, apontou para o amiguinho, que acabou colocando a mão na frente, e o tiro atingiu o dedo e o pescoço dele”, explica. A vítima chegou a ser levada para a Santa Casa de Misericórdia de Tietê, mas não resistiu. O menino era filho único. O próprio hospital acionou a Polícia Militar.

De acordo com o delegado, a arma estava irregular. Por isso, o padrasto do autor do disparo foi detido e encaminhado para a delegacia. Ele foi autuado por posse ilegal de arma de fogo e omissão de cautela. Este último é crime previsto no Estatuto do Desarmamento. “É quando a pessoa que tem arma não toma as cautelas necessárias, permitindo que uma pessoa menor de 18 anos, criança ou adolescente, acabe se apoderando dela”, detalha Cirineu.

O homem foi liberado depois de passar por audiência de custódia no domingo (23). Agora, responderá ao processo em liberdade. Embora tenha cometido ato infracional, o garoto não foi penalizado. “Por ser criança menor de 12 anos, não é aplicada nenhuma medida socioeducativa. Ele recebe medidas de proteção”, detalha o responsável pela investigação. A Polícia Civil comunicou o caso ao Conselho Tutelar e ao serviço de escuta especializada. Cabe ao conselho dar os demais encaminhamentos, como oferecer acompanhamento psicológico, por exemplo.

As investigações continuam. A polícia aguarda os laudos do exame feito pelo Instituto Médico Legal (IML) no corpo, bem como da perícia no local do fato. Não há prazo para os resultados saírem.

Fonte: Jornal Cruzeiro

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