sábado, 4 de junho de 2022

Conselheiro tutelar denuncia policiais por agressão nos festejos juninos.


“Chutes, pontapés e murros”. Foi dessa forma que o conselheiro tutelar Anselmo Douglas relata ter sido abordado por policiais militares na madrugada da última terça-feira, 31, durante a tradicional abertura dos festejos juninos de Areia Branca, município distante 36 km de Aracaju. Ele denuncia que foi algemado por mais de 2 horas, sem nenhuma justificativa.

Anselmo saiu de casa, em Nossa Senhora do Socorro, para buscar amigos no evento. Ao adentrar no Forródromo, o conselheiro tutelar conta que foi agredido de forma truculenta pelos militares.

“Tinha dois rapazes negros do meu lado esquerdo que eu não conheço e meus amigos brancos do lado direito branco. De uma hora para outra chegou uma guarnição da Polícia Militar batendo nesses rapazes. Na hora me assustei, me afastei e falei ‘oxente’. Foi nessa hora que um policial apontou para mim e outro já foi me pegando pela camisa, mandando botar a mão na cabeça. Quando eu falei que não era vagabundo, que eu era conselheiro tutelar, eles começaram a me agredir mais, dizendo que não queria saber de nada”, relata.

Anselmo relatou que: “me tiraram do forródromo e me botaram numa viatura e me levaram para outro local. Minha mão estava muito inchada por conta da algema, falei a eles isso e eles ignoraram. Depois de duas horas, retiraram a algema. Quando foi às 4h, os policiais trocaram turno, chegou policias novos e conversei com um deles e disse que conhecia a comandante do 5º Batalhão e relatei que o órgão que trabalho tem parceria com o batalhão. Pedi para ele ligar para ela e, após essa ligação, ele voltou e me mandou eu ir embora”, explicou.

O conselheiro tutelar conta que foi liberado em seguida, e ao questionar ao militar se seria feito algum registro da ocorrência, ele foi informado que não. Anselmo foi até uma delegacia onde prestou um boletim de ocorrência. Ele também prestou queixa na ouvidoria da PM. Nesta setxa-feira, 03, ele fará o exame de corpo delito no Instituto Médico Legal (IML), em Aracaju. 

Agora, ele quer esclarecimentos. “Peço que seja apurado para que não aconteça com outros”.

Fonte: FanF1 Notícias

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