O Conselho Tutelar de Camaragibe indicou, nesta sexta (8), que o recém-nascido deixado no chão de rua do município do Grande Recife seja encaminhado para adoção. Segundo o conselheiro Ricardo Pedrosa, responsável pelo caso, nenhum familiar diz ter condição de cuidar do bebê. "A gente não identificou nenhum familiar que realmente tenha condições de cuidar", ressaltou.
O conselheiro explicou que tentou encaminhar o menino para a tia, a avó e outros familiares, mas que ninguém quis ficar com a criança. "O Conselho Tutelar só orienta o abrigamento de uma criança depois de cessar todas as buscas", detalhou.
Segundo Ricardo Pedrosa, o bebê de aproximadamente 25 dias apresentava escoriações pelo corpo e sinais de desnutrição quando foi deixado pelos pais na Rua Várzea, no Loteamento Santana, no bairro de Alberto Maia.
"A mãe alegou que jogou a criança lá. porque discutiu com o marido. Ela jogou o menino próximo a uma caçamba. Ele viu e também deixou a criança lá. Cada um foi para um lado e a criança ficou no chão. Foi ai que os vizinhos pegaram a criança e entraram em contato", disse.
O casal tem outros três filhos que foram levados para o Conselho Tutelar nesta sexta. Uma menina de 2 anos e meninos de 4 e 5 anos.
O conselheiro tutelar afirmou que eles vão continuar sendo cuidados pela avó materna, mas que a mulher não pode cuidar do bebê. "É uma família pobre, os pais tem problema com drogas e ela tem mais três filhos", acrescentou.
Um casal procurou o Conselho Tutelar nesta sexta dizendo que são os pais do bebê e levaram um documento de nascido vivo e de vacinação para comprovar. Pedrosa afirmou que, embora tudo indique que os dois são os pais da criança, deve ser realizado um exame de DNA.
O casal foi encaminhado para prestar depoimento na delegacia da cidade, no começo da tarde desta sexta-feira (8). O caso é investigado pela delegada Carmem Lúcia.
O g1 procurou a Polícia Civil para saber de que forma os pais podem ser responsabilizados, mas não obteve resposta até a última atualização desta reportagem.
Como denunciar
Ricardo Pedrosa reforçou que este tipo de situação deve ser comunicada imediatamente ao Conselho Tutelar e disse que as pessoas podem entrar em contato pelo ou pelo disque 100.
Fonte: G1
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