domingo, 30 de janeiro de 2022

Famílias que tiveram bebês trocados em hospital refazem exames de DNA.


As famílias que tiveram os bebês trocados em um hospital de Aparecida de Goiânia (GO) fizeram, neste sábado (29/1), novos exames de DNA para servirem de contraprova.

As crianças nasceram em 29/12 no Hospital São Silvestre e foram trocadas, segundo a unidade de saúde, em decorrência de um erro de protocolo, ainda, na sala de parto. As mães deram à luz a dois meninos, em um intervalo de menos de 1h.

Os testes foram refeitos em um laboratório escolhido pelas famílias, após acordo fechado nessa sexta-feira (28/1) em reunião na Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA). Os resultados devem sair em 10 dias.

O drama das duas famílias começou no dia 31/12, dois dias após os partos, quando surgiu a primeira suspeita da troca dos recém-nascidos. Quando uma das mães foi receber alta do hospital, a checagem na saída da unidade observou que na pulseirinha da criança estava escrito o nome de outra mãe.

Diante da confusão, o hospital pediu que fosse feita a coleta das amostras de sangue das duas mães envolvidas no caso, assim como dos bebês que lhes foram entregues para fazer um primeiro exame de DNA. O resultado saiu no dia 20/1 e elas foram informadas nessa segunda-feira (24/1).
Primeiros resultados

O exame feito comparando as amostras de Viviane Alcântara Dias e do bebê que lhe foi entregue como sendo seu filho deu negativo. Ela não é mãe da criança. Já o exame feito entre Juciara Maria Silva o seu respectivo recém-nascido deu resultado inconclusivo.

A princípio, as mães se demonstraram resistentes com a ideia de que pudessem estar com os filhos trocados e não se prontificaram em fazer a destroca. O próprio hospital, por meio da assessoria jurídica, registrou um boletim de ocorrência e solicitou que fosse feito novos exames de contraprova.
Acordo para novo exame

Na delegacia, ocorreu o primeiro encontro das famílias, após o ocorrido. A delegada Bruna Coelho explicou que neste sábado seriam feitos dois tipos de exames de DNA: o linear e o cruzado.
 
As amostras de sangue das mães serão comparadas com as dos dois bebês envolvidos no caso. Dessa forma, será possível certificar de qual criança cada uma não é mãe e, consequentemente, qual é o filho correto de ambas.

Juciara expressou ao Metrópoles, nessa sexta, que tudo tem sido um grande pesadelo para ela. Natural de Petrolina (PE) e com 28 anos de idade, ela disse que não conseguiu retomar a rotina, tampouco ficar tranquila desde que tudo foi descoberto. “Não tenho dormido nem me alimentado direito”, disse.

A outra mãe, Viviane, não quis dar entrevistas, pois está bastante abalada. Ela esteve na delegacia acompanhada do marido e prestou depoimento.
Troca imediata

Assim que os resultados saírem e, confirmada toda a história, a delegada Bruna Coelho diz que pretende acertar a destroca dos bebês o quanto antes. Por envolver questões de âmbito emocional e que geram angústia para as duas família, o ideal, segundo ela, é restabelecer a normalidade o mais breve possível.

O hospital está sendo investigado pelo crime de incorreta identificação de bebê, previsto no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). A unidade de saúde informou que instaurou um procedimento interno e afastou os funcionários que teriam cometido o erro.

Fonte: Metrópoles

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