domingo, 5 de setembro de 2021

Morte de criança em Minas alerta para perigo de soltar pipa perto da rede elétrica.

A morte de um menino de 12 anos reforça a necessidade de cuidados ao soltar pipa perto da rede elétrica. A criança morreu na última quinta-feira (2), em Guaranésia, no Sul de Minas. Conforme a Polícia Militar (PM), para brincar com o papagaio, ele usava uma linha de eletrificador de gado, utilizada em cercas elétricas.

Devido aos ventos e da menor incidência de chuvas, o inverno é considerado o período ideal para a prática. 

Conforme dados da Cemig, apenas de janeiro a agosto de 2021 foram registradas 1.424 ocorrências de acidentes envolvendo pipas. Além do risco à saúde, os casos também danificam a transmissão de energia. 

Gerente de Saúde e Segurança do Trabalho da Cemig, João José Magalhães Soares orienta que a brincadeira não seja realizada em áreas urbanas. “Hoje em dia, com a grande quantidade de rede de distribuição nos centros urbanos, a brincadeira de soltar pipas ficou inviável nesses locais", explica.

"Caso a pipa fique presa em um componente da rede elétrica, a pessoa pode tomar um choque de até 13.800 volts. Por isso, é fundamental que os pais orientem os seus filhos para evitar acidentes que podem até matar”, sugere.  

Resgate de pipas 

Outra situação que coloca em risco a própria vida é o resgate de pipas presas na rede elétrica.  "A aproximação indevida e o uso de cerol e linha chilena têm sido o motivo dos principais acidentes com a rede elétrica da Cemig", afirma Magalhães.

“Pedimos consciência aos pais e jovens para evitar a soltura de pipas em ambientes próximos da rede da Cemig e também não utilizar, em hipótese alguma, as linhas cortantes. As consequências das ocorrências podem ser catastróficas para um hospital, por exemplo”, alerta.  

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Linhas cortantes 

A Lei 23.515/2019 proíbe a utilização de cerol ou linha chilena em Minas Gerais. Essa legislação, que veda a comercialização e o uso de linha cortante em pipas, papagaios e similares, está em vigor desde dezembro de 2019. A multa para quem for flagrado vendendo linhas cortantes varia de R$ 3.590 a R$ 179 mil (em casos de reincidência). Já quando a linha cortante apreendida estiver em poder de criança ou adolescente, pais ou responsáveis legais serão notificados da autuação e o caso será comunicado ao Conselho Tutelar. 

Fonte: Itatiaia.com.br

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