Durante a quinta etapa da Operação Coleciona-Dores na última sexta-feira (12), a Polícia Civil do Distrito Federal cumpriu um mandado de busca e apreensão no endereço de um homem de 29 anos, em Planaltina, por compartilhar pornografia infanto-juvenil e armazenar em HD externo.
Segundo os policiais que investigam o caso, ele estava desempregado e morava com sua mãe. De acordo com o chefe da Delegacia Especial de Repressão aos Crimes Cibernéticos, o homem tentava seguir os rituais de Jogos Mortais, pois o interior estava repleto de armadilhas e de lixo.
Por fora, a casa aparentava ser normal. Através de fotos e vídeos, foi possível notar o local repleto de sujeira que foi espalhada propositalmente pelos cômodos, lembrando cenas dos filmes Jogos Mortais, onde as vítimas passavam por testes violentos e sacrifícios para sobreviver.
No banheiro da casa, tinha uma cadeira embaixo do chuveiro, um computador no chão com o teclado apoiado em cima do vaso sanitário e uma inscrição na parede. No primeiro filme, havia a escrita de um “X” em um cômodo, e, no imóvel em Planaltina, está escrito “HUGON”.
No quarto, havia uma cadeira pendurada de cabeça para baixo por alguns fios em cima do colchão e ao lado, um sofá que destruído. Em uma cena do quarto filme de Jogos Mortais, o quarto 261 do Motel Alexander foi utilizado como armadilha para um estuprador que filmava suas vítimas.
O homem admitiu que armazenava e compartilhava pornografia infanto-juvenil e vai responder pela Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990, do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), podendo receber pena de 1 a 4 anos de reclusão.
“O que chamou a atenção dos investigadores, foi o desalinho habitual que constava na casa. Havia condições sanitárias precárias e muita sujeira na residência, sendo até difícil imaginar que o indivíduo vivia naquele lugar”, relatou o delegado Giancarlos.
A operação contou com o apoio do Instituto de Criminalística da Polícia Civil do DF e é consequência de outras apurações de crimes de pedofilia e pornografia envolvendo crianças e adolescentes. A fiança foi arbitrada, mas não recolhida, então ele ficará à disposição da Justiça.
Fonte: Revista Painel Político
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