O caso foi registrado na Delegacia de Irecê, a 65 km de Barra do Mendes, e é investigado pela Polícia Civil.
Câmera flagrou momento em que prefeito de Barra do Mendes agrediu manifestante com cinto — Foto: Reprodução/ TV Bahia
Os moradores estavam protestando contra falta de ações de enfrentamento à Covid-19 na cidade. O prefeito chegou de carro, já desceu do veículo com um cinto na mão e agrediu os manifestantes. As pessoas correram. Uma mulher que ficou mais distante do grupo acabou ferida. Simone Souza ficou com a mão sangrando e com marcas da agressão pelo corpo.
Simone ficou com marcas pelo corpo após ser agredida com cinto pelo prefeito de Barra do Mendes — Foto: Reprodução/ TV Bahia
Ela relatou que o grupo que fez o protesto é amigo de um paciente da cidade, que está com Covid-19 e precisa de um respirador ou de transferência para uma unidade de saúde fora de Barra do Mendes, e mais equipada para tratar a doença.
“Estamos indignados com nosso amigo precisando de um respirador, sentindo falta de ar. Os grupos se manifestaram para pedir ajuda as autoridades para arrumar vaga em Irecê ou em Salvador. A gente ficou muito triste ao saber que tinha esse amigo da gente lá precisando desse respirador, sendo que com o dinheiro do Covid ele [prefeito] conseguiria trazer um respirados para nossa cidade", afirmou Simone.
Em nota, o prefeito de Barra do Mendes disse que as denúncias dos moradores de desvios de verbas recebidas para o combate à Covid-19 na cidade não procedem.
Ele também conversou com a TV Bahia por telefone. Galego do MDB afirmou que a verba vem sendo aplicada e acompanhada pelo Ministério Público da Bahia (MP-BA).
O prefeito disse ainda que o protesto foi iniciado por uma comerciante que estava insatisfeita com um decreto que determina o fechando do comércio até o domingo (6), por causa do aumento de casos da Covid-19 na cidade.
Galego do MDB afirmou que os manifestantes soltaram foguetes em direção à casa dele, pregaram cartazes no portão e no muro da casa, esmurraram e chutaram o portão da residência, assustando as filhas, uma criança e uma adolescente, além da mãe dele, que tem mais de 90 anos e problemas de saúde.
Galego do MDB disse que estava assustado com a situação e que agiu "intempestivamente" ao saber do ocorrido. Ele admitiu que errou e pediu desculpa pela situação.
fonte: https://g1.globo.com
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