A Apas destaca que a demanda chinesa pela soja é muito alta devido à necessidade de o país reconstruir o rebanho de suínos, que necessita da soja para se alimentar. “A exportação do grão ocasiona a escassez no mercado interno, o que aumenta o custo na produção do óleo e eleva o preço do produto. Acreditamos que o cenário não deve mudar até o início de 2021, para quando está previsto um aumento da safra”, explica o presidente da associação, Ronaldo dos Santos
Pelo nono mês seguido, o aumento no arroz foi de 16,9% em setembro e acumula 47,04%. O leite, que desde março segue em alta, em setembro atingiu 7,26%, somando, em 2020, 37%. Como consequência, os produtos derivados também sofreram aumentos, como 7,73% na muçarela, 5,8% no queijo prato e 5,28% no leite condensado. Já o feijão registrou uma queda de 1,78%.
O levantamento da Apas destaca que os reflexos do atual cenário econômico brasileiro acabam se refletindo também nos cortes de carnes mais populares. Contrafilé, acém e coxão duro tiveram um expressivo aumento na demanda e subiram 7,81%, 6,68% e 9,7%, respectivamente.
Segundo a associação, diante da dificuldade de não conseguir repor o rebanho suíno afetado pela peste africana, a China tem comprado direto dos frigoríficos brasileiros, que permanecem com o aumento de preços motivados pela venda em dólares.
E a exportação da soja afeta também o mercado de proteína animal no formato da ração, representando de 70 a 80% do custo de produção dos animais. O reflexo disto é o aumento – apenas no mês de setembro - de 4,77% na carne bovina, 6,96% na suína e 1,67% no frango.
Até setembro, a inflação geral no setor varejista alimentar acumulada em 2020 é de 8,3%. Em 2018 e 2019, para todo ano o saldo foi 4,33% e 5,73%, respectivamente.
fonte: https www.r7.com
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