quarta-feira, 15 de abril de 2020

IC comprova que adolescente suspeito na morte de criança de 11 anos é inocente

Delegado que investigou o caso, na época, deu várias entrevistas afirmando que investigação estava concluída

Corpo da menor foi encontrado por populares

Reviravolta nas investigações do assassinato da menor Mariane Vieira Marques Barbosa, 11 anos, estuprada, asfixiada e assassinada.
O corpo da criança foi encontrado na manhã do último dia 10 de fevereiro, na cidade de Marechal Deodoro, na Grande Maceió.

Na época, o delegado Leonam Pinheiro, apresentou a imprensa a versão que o namorado da prima da vítima seria o autor do crime. Embora o suspeito, um adolescente de 17 anos nunca tenha assumido a autoria da morte da criança, ele foi apreendido, antes da conclusão do exame de DNA realizado pelo Instituto de Criminalística (IC), que só foi divulgado nesta quarta-feira (15).
Conforme a assessoria do IC o DNA encontrado nas partes intimas da menina são do suspeito apresentado pela polícia.
"Os trabalhos da perícia criminal iniciaram quando o corpo de Mariane Vieira foi encontrado despido e com sinais de violência sexual no conjunto Erick Ferraz, no bairro Poeira em Marechal Deodoro. A preservação correta do local do crime, permitiu ao perito criminal identificar vestígios que indicavam se tratar de um crime sexual", informa a assessoria da Perícia Oficial.
Em um relese, a assessoria detalhou que o exame cadavérico da garota confirmou que houve estupro e que Marianne foi morta por asfixia por esganadura. Na necropsia, o médico legista também coletou várias amostras de material biológico na genitália e nas unhas da estudante. Esse conjunto de fatores e a cadeia de custódia das amostras permitiu a realização do exame de DNA", explicou a chefe do Laboratório de Genética Forense de Alagoas, Rosana Coutinho, que disse ainda que essas amostras foram encaminhadas ao IC para serem confrontadas com o material biológico do principal suspeito de cometer o crime.
"O exame consistiu na extração do DNA do material biológico encontrado no corpo de Mariane e nas amostras do jovem C. H. N. coletadas no laboratório. Após essa fase, fizemos o confronto entre essas amostras para se chegar ao resultado descrito no laudo," afirmou a chefe do laboratório. Foram analisadas coletas da região vaginal, da região anal, unhas dos dedos das mãos, mucosa oral e o sangue cardíaco da vítima fatal. Do suspeito, a perita recebeu dois suabes coletados da mucosa oral.
"Conseguimos identificar nas amostras questionadas uma mistura de perfis genéticos autossômicos, sendo um perfil genético da vítima juntamente com pelo menos um perfil de contribuinte masculino. Considerando-se os resultados alcançados, chegou-se à conclusão que o jovem C. H. N. não é o doador do material genético masculino encontrado nas amostras coletados nas regiões vaginal e anal da vítima", explicou Rosana.
Logo após receber a comunicação do IC, o juiz da 1ª Vara Cível e Criminal da Infância e Juventude de Marechal Deodoro determinou a imediata liberação do jovem C. H. N.
fonte: https:emergencia190.com

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