
Imagem ilustrativa (Foto: Reprodução/Getty Images)
Uma mulher de 36 anos, Carla Vanessa da Silva, conseguiu finalmente denunciar o homem que a abusou com uma confissão dele. Ela contou a família e levou o caso para a polícia. O próprio tio paterno cometeu o crime de pedofilia contra ela.
Dos três aos 11 anos de idade, o parente abusou da menina, que guardou segredo por medo e vergonha. Ela disse que na época não entendia o que estava acontecendo, apenas chorava e sentia dor. Apenas por volta dos 16 anos, quando recebeu educação sexual na escola, ela entendeu que tinha sido vítima de estupro.
Agora, já adulta, ela registrou um vídeo em que o homem confessa o crime. Carla reuniu a família, incluindo a esposa do tio, e o acusou. Ele, hoje com uma filha e um filho, disse que nunca abusou das próprias crianças, que é diferente do que era na infância da sobrinha. “Eu fiz, mas hoje eu não sou essa pessoa. Eu não sou deste jeito”, disse ele.
Levando o vídeo como evidência e o laudo médico que comprova que a mulher tem depressão, ela foi até uma delegacia prestar queixa de estupro de vulnerável cometido pelo tio. Porém, a Justiça não pode fazer nada em relação ao caso.
Como os abusos aconteceram há 25 anos, o crime prescreveu, ou seja, não pode mais ser levado em consideração. O homem não poderá ser punido ou processado. O vídeo que mostra a confissão dele, segundo a Justiça, também não pode ser usado como evidência pois foi gravado sem o consentimento do abusador.
Aos 35, a vítima chegou a tentar suicídio por conta do trauma. “Todo dia é um novo pensamento de morte”, disse Carla a TV Record.
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