quarta-feira, 25 de março de 2020

Como combater o coronavírus com ausência do Estado na que questão social?


   Estamos vivenciando um dos piores momentos em saúde desta geração, porque a pandemia do coronavírus, que teve origem na China, tem nos trazido muitas preocupações, tendo em vista a falta de estrutura nos hospitais, postos de atendimentos e unidades de saúde em geral. Temos exemplos drásticos em outros países, a exemplo China e Itália, (esta Última vem sendo devastada pelo o vírus), Países que possuem uma estrutura de saúde bem superior a nossa.

      Diante das dificuldades no sistema de saúde, só nos resta uma alternativa: a quarentena. Porém eis aí o grande o problema, pois é evidente a ausência do estado frente as questões sociais. Os governantes esqueceram que em nosso País existem mais de cem mil moradores de rua(ipea  26.01.2017), e que segundo o IBGE exitem aproximadamente 11,6 milhões de desempregados, mais 11,9 milhares de empregos informais, levando-se em conta o setor privado. Então, como ficar em casa sem ter o básico pra sobreviver, como fazer uma higienização adequada sem ter álcool em gel, aguá e outros materiais necessários?

      O Estado alega que faz sua parte fornecendo informações de quarentena e higienização, mas quando recebe um paciente com alguns sintomas do coronavírus, pede para o paciente ficar em casa, em isolamento. Ora, como se isolar um membro de uma família em moradias que só tem um cômodo? Além disso como fica o desempregado? A todo momento, ouvimos os discursos de combate às desigualdades sociais, mais, na prática não é o que percebemos. Observamos a ausência do Estado frente as questões sociais. Qual o programa de distribuições de alimentos e produtos de higienização para os que dele necessitam? E aqueles que moram em casas de apenas um cômodo e são orientados a ficarem isolados, o que estão fazendo? E os moradores de rua, como estão sendo atendidos no período de quarentena? São várias as indagações quanto à omissão do estado, pois este  tem a obrigação de proteger aqueles que se encontram em situação de vulnerabilidade social, como os sem-teto, os desempregados etc.

     Vale salientar que esse é um texto crítico e reflexivo quanto a atuação do estado frente a questão social. Sem sombra de dúvidas devemos fazer nossa parte como cidadãos deste país, seguindo as orientações dos profissionais de saúde, que nos pedem para ficarmos em casa, mas, entendemos que o Estado deveria fazer mais que isso.


Cloves Gonçalves Dias, 
Estudante de serviço social, UNOPAR, Santa Cruz do Capibaribe!

Nenhum comentário:

Postar um comentário