quinta-feira, 12 de dezembro de 2019

Dona Petinha, uma das precursoras das feiras de confecções em Santa Cruz, visita exposição 'Nós Sulanca'.




No último domingo (8), o Museu da Sulanca recebeu a visita da senhora Petronila Senhorinha dos Santos, 94 anos (foto). Conhecida popularmente por ‘Dona Petinha’, ela é uma das mulheres que deram origem às feiras de confecções em Santa Cruz do Capibaribe, na década de 60.

Dona de sorriso fácil, Dona Petinha é a costureira mais antiga do município e a única representante viva do grupo de que criou a antiga “Feira da Sulanca”. Na exposição, ela conferiu fotos, esculturas e depoimentos (incluindo o dela mesma) de personalidades que contam a evolução das feiras de rua até a transferência para o Moda Center Santa Cruz.

“Tenho muita esperança que as feiras sejam ainda maiores e melhores com o passar dos anos. Hoje, já é muito melhor do que no meu tempo, imagina mais na frente”, disse.

Idealizada pelo estudante de Biblioteconomia, Adelmo Teotônio (foto), a exposição fez Dona Petinha relembrar vários acontecimentos vivenciados ao longo de décadas.



Um pouco de sua história

Nascida no município de Brejo da Madre de Deus, Dona Petinha é mãe de oito filhos e teve uma infância difícil. Para ajudar no sustento de sua família, trabalhou por anos no cultivo de feijão, milho e algodão. Já adulta, começou a costurar colchas de retalhos e outras peças de roupas a partir de tecidos fornecidos na época pelo empresário Fernando Silvestre, popularmente conhecido por “Noronha”.

“Foi a pessoa que mais ajudou a mim e aos meus filhos. Só tenho gratidão a ele. Foi ele quem me trouxe para cá, comprou máquinas para nós e só ele quem fez tudo isso por mim”, destacou.

Sua primeira feira - Segundo ela, foi já no final dos anos 1960, em uma calçada no antigo ‘Beco de Zé Feitosa’, local próximo ao que hoje é a Rua Dr. Silvio Monteiro, no Centro. Dona Petinha seguiu acompanhando as transformações ocorridas na feira através do comercio de artigos de vestuário, atividade que deixou há apenas dois anos. Atualmente, o ponto comercial em que ela realizava vendas, no Calçadão Miguel Arraes de Alencar, é administrado por uma das filhas.

Nenhum comentário:

Postar um comentário