segunda-feira, 10 de junho de 2019

O QUE É A HIPERSEXUALIDADE?

Às vezes a busca pelo prazer passa dos limites, e leva a uma compulsão sexual. Essa é a hipersexualidade, nome dado a um transtorno obsessivo por sexo. O distúrbio leva a uma falta de controle dos pensamentos sexuais intensos e recorrentes. Pessoas que sofrem desse transtorno têm desejos sexuais que são difíceis de controlar. As informações são do Mulheres Bem Resolvidas.
A maior parte atingida é do sexo masculino, mas muitas mulheres também sofrem com o problema. Estima-se que 3% da população mundial tenham hipersexualidade.
Nesse artigo vamos abordar os seguintes os tópicos:
  • Como identificar a hipersexualidade?
  • Consequências da hipersexualidade
  • Como identificar o limite entre o que é normal e a hipersexualidade?
  • Como funciona a mente dessas pessoas?
  • Quando pedir ajuda?
  • O que pode desencadear a hipersexualidade?
  • Tratamento para hipersexualidade
  • Como identificar a hipersexualidade?
Pessoas que têm hipersexualidade têm primeiros sintomas no início da vida adulta. Isso significa que nessa fase elas costumam relacionar tudo com sexo. Também se fantasiam, se masturbam e sonham com conteúdos eróticos a tal ponto, que isso acaba levando a uma dependência que se intensifica no decorrer dos anos.
Ademais, as fantasias podem chegar a um nível tão intenso de excitação, que se torna muito difícil a pessoa conseguir controlar a vontade de satisfazê-las, independente do local em que estiverem, por exemplo, em locais públicos ou no trabalho.
Portanto, em alguns casos, quem sofre com a hipersexualidade acaba abandonando as suas tarefas cotidianas. Exemplos simples como trabalhar, dormir e deixar de se alimentar corretamente para praticar ou pensar em sexo.
Consequências da hipersexualidade
Pode até parecer algo sem muita importância, mas esse transtorno causa sérias consequências na vida das pessoas que sofrem com ele, podendo afetar atividades sociais e trazer riscos físicos e psicológicos.
Posteriormente, por causa da hipersexualidade, as pessoas se expõem a situações de risco, tendo relações sexuais sem proteção e não tendo nenhum critério na hora de escolher um parceiro, Consequentemente, acaba correndo o risco de ter uma gravidez indesejada ou contrair DSTs, que é uma das consequências mais observadas.
Além disso, a pessoa se torna alguém vulnerável, pois deixa de comer, não dorme o suficiente, se sente cansado e abandona as atividades importantes, como faltar nas aulas ou trabalho. Similarmente, alguns fatores psicológicos são observados, tais como: ansiedade, insatisfação, angústia e vergonha.
Consequências para a vida conjugal
Existem estudos que indicam que a hipersexualidade pode levar ao fim do relacionamentos em 16% dos casos, e ainda deixar algumas sequelas emocionais no parceiro ou na parceira.
A hipersexualidade é um comportamento vicioso, muitas vezes comparado ao uso de drogas, por se tratar de uma compulsão. Essa obsessão por sexo ocasiona traumas ao parceiro, já que o simples ato passa de hábito a uma compulsão.
Como identificar o limite entre o que é normal e a hipersexualidade?
Acima de tudo, a prática do sexo é algo comum e saudável para a vida do casal, portanto, apenas sentir um mero desejo não te torna uma pessoa com hipersexualidade.
O principal indício do transtorno da hipersexualidade é quando a pessoa busca satisfazer todos os desejos por sexo, e tem fantasias sexuais em locais inapropriados, como na hora de trabalho. Além disso, o acontecimento de situações constrangedoras, ou até mesmo perigosas, relacionadas ao desejo sexual também indicam a presença do problema.
Como funciona a mente dessas pessoas?
A pessoa com hipersexualidade pode fazer qualquer coisa para satisfazer a sua vontade, sem pensar ou se importar com as consequências dos seus atos.
O desejo por sexo é compulsivo, bem como difícil de controlar. Ou seja, não conseguir parar significa um problema maior do que um simples desejo. O cérebro de uma pessoa com hipersexualidade é muito parecido ao de uma pessoa viciada em drogas ou álcool, mesmo que não exista uma dependência química ou fisiológica semelhante.
Ao passo que o pensamento e o comportamento da pessoa vai se relacionando diretamente com a hipersexualidade, ela vai se esforçando cada vez mais para conseguir mais estímulos sexuais. Lembrando: a atividade cerebral da dependência do sexo é parecida com a atividade cerebral que leva a dependência de drogas. Com viciados em sexo, o neurotransmissor dominante é a dopamina, que se relaciona com a motivação e a retro alimentação das recompensas.
Quando pedir ajuda?
Sabemos que o nosso cérebro é obsecado por sexo, e que é preciso pedir ajuda, quando estão presentes os seguintes aspectos:
O cotidiano gira em pensamentos, preocupações e fantasias sexuais impossíveis de evitar. Isso gera impulsos incontroláveis a serem satisfeitos. O desejo sexual é excessivo, mas a falta de controle é o eixo central da dependência;
A materialização da fantasia funciona como um reforço da conduta. A busca por sexo não é somente para o prazer, e sim pela necessidade fisiológica de reduzir o mal-estar que tem a ver com a incapacidade de controlar a dependência;
O impulso sexual não consegue ser controlado, impedido ou interrompido, mesmo que isto implique em consequências graves, perigos ou esgotamento físico;
O cérebro obedece à repetição de condutas ou comportamentos hipersexuais durante mais de 6 meses consecutivos. A pessoa não se reconhece pela simples necessidade de extravasar em um momento de estresse;
O efeito negativo aumenta com a evolução da dependência, potencializando o sentimento de culpa ou vergonha. Isso destrói a autoestima, favorecendo a depressão e a rejeição, e trazendo consigo rupturas sentimentais, familiares e profissionais.
O que pode desencadear a hipersexualidade?
A hipersexualidade está ligada a falta de mecanismos que auxiliam a pessoa a se defender de algumas adversidades em sua vida, descobrindo no sexo uma maneira de se livrar de seus problemas ou insatisfações. Uma das causas que explicam esse transtorno é o desequilíbrio dos neurotransmissores. Isso pode ser uma decorrência genética ou de um trauma, posteriormente rovocando reações descontroladas.
Além disso, a hipersexualidade pode estar ligada a algum trauma sofrido no passado, como agressão física, perda afetiva, quadro de ansiedade exagerada ou problemas tóxicos cerebrais.
Aliás, a demência é uma das causas que pode levar a pessoa a desenvolver esse transtorno. É comum ouvir relatos de profissionais de saúde sobre casos de idosos com demência apresentando uma hipersexualidade e comportamentos como tirar a roupa em público, acariciar os genitais, tentar agarrar o cuidador ou alguém da família.
Portanto, o recomendado é não reagir. O comportamento é decorrente da doença, não por vontade própria do idoso. Quando isso acontecer, tente de maneira calma distrair a pessoa com outra atividade. Bem assim, um relato recorrente é de idosos querendo fazer sexo várias vezes ao dia, que segundo alguns profissionais, isso também pode fazer parte do quadro de demência. A pessoa não se lembra que havia acabado de fazer sexo e volta a sentir desejo novamente.
A hipersexualidade relacionada com a demência é um tabu na sociedade. Mesmo assim, muitas famílias ainda preferem esconder esses comportamentos, o que é um grande erro, pois só agravam o sofrimento dos idosos.
Tratamento para hipersexualidade
Primeiramente, para dar início ao tratamento é essencial que a pessoa entenda que esse comportamento é uma doença. Só assim ela conseguirá buscar ajuda com profissionais como psicólogos, terapeutas e até mesmo acompanhamento de um médico psiquiatra.
Por isso, é essencial que os pacientes deixem de ver o sexo como a única fonte de prazer da vida e encontrem outras atividades prazerosas. Para isso existem alguns tratamentos como:
Tratamento baseado na terapia cognitivo-comportamental: longo, e geralmente feito mais de um vez na semana em centros ou grupos de apoio. O objetivo é fazer a pessoa conseguir relatar a sua experiência e a forma como se sente em relação à doença, podendo finalmente falar do seu sofrimento com outras pessoas e receber apoio de quem sofre com o mesmo.
Psicoterapia: avalia a pessoa como um todo e como a vida dela se construiu em relação ao sexo.
Tratamento com remédios: a medicação só entra quando a pessoa tem outro problema psiquiátrico ligado à hipersexualidade como ansiedade e depressão. O psiquiatra pode receitar remédios que diminuem o desejo sexual, e também os sentimentos de depressão associados a doença.
Famosos que sofrem com a hipersexualidade
Michael Douglas: foi um das primeiras celebridades a declarar sofrer desse mal. Em 2013, falou abertamente que estava com câncer de garganta graças a sua hipersexualidade.
Lindsay Lohan: ela é declaradamente uma viciada sexual que, inclusive, já recorreu a vários tratamentos sem sucesso, e diz que apenas conseguiu se curar graças a religião.
Hugh jackman: já fez declarações dizendo que é capaz de fazer sexo por várias horas.
Charlie Sheen: astro de Two And A Half Men, que recentemente admitiu ter torrado a sua fortuna com garotas de programa, mesmo sabendo ser portador de HIV. Pegou a doença por causa das relações sexuais consecutivas sem proteção.
Dennis Rodman: o ex-astro do basquete americano declarou já ter feito sexo com mais de 2 mil mulheres.
Hugh Grant: declarou que sua hipersexualidade não o deixa ficar longe de prostitutas por muito tempo.
Conclusão
Como vimos no artigo, diversas pessoas sofrem de hipersexualidade, inclusive exemplos públicos, como famosos de Hollywood. Não existe uma maneira de evitar o surgimento desta doença, mas é essencial que a pessoa busque ajuda quando perceber que esse comportamento domina sua vida.



Fonte: Mulheres Bem Resolvidas

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