segunda-feira, 25 de março de 2019

Países ricos se comportam como senhores coloniais para impor aborto, diz cientista nigeriana

Nações ocidentais insistem para que o continente implante o aborto contra a vontade da população, em regiões em que sequer há acesso a serviços sanitários básicos.




As nações ricas do Ocidente que investem pesado na promoção de abortos nos países africanos se comportam como “antigos senhores coloniais”. Quem diz é a cientista biomédica nigeriana Obianuju Ekeocha, fundadora do grupo Culture of Life Africa, com sede no Reino Unido.
“Em todo o meu trabalho com os países africanos, não conheço nenhum que esteja gritando: ‘Ajudem-nos com esta crise do aborto’”, diz a cientista ao site Catholic News Service. “Ainda assim, muitos países ocidentais, num espírito de supremacia cultural, estão tratando de impor o aborto dessa maneira”.
“As pesquisas mostram de maneira avassaladora que os africanos têm repulsa pelo aborto. Ignorar a vontade do povo é cuspir na cara da democracia que se supõe que temos nos países africanos”, diz Ekeocha.
“É preciso se voltar para a atenção integral à pessoa, em que se pensa nos africanos não como pessoas que podem ser colonizadas culturalmente e às quais se podem impor novas visões e valores, mas como pessoas que têm seus próprios pontos de vista e valores”, defende ela.
“O que os africanos querem mais do que tudo é que as mulheres possam dar à luz com segurança”, diz. “Em muitos desses países elas não têm acesso sequer à atenção sanitária mais básica”.
A cientista, que vive na Inglaterra desde 2006, critica o governo britânico por organizar uma cúpula internacional de planejamento familiar, junto com a Fundação Bill & Melinda Gates e o Fundo de População dos Estados Unidos, que se realizou em Londres no último dia 11 de julho, com o objetivo de promover o compromisso global de “garantir que as mulheres e garotas tenham acesso a serviços de planejamento familia”.
Melinda Gates disse na cúpula que está “profundamente preocupada” com a decisão do presidente norte-americano, Donald Trump, de cortar o financiamento público de ONGs que promovem o aborto no exterior.
Com a decisão de Trump, o Canadá se colocou na dianteira da promoção do aborto pelo mundo, segundo Ekeocha, que chama o país de “senhor colonial número 1 no mundo”.


Publicado no site Sempre Família
https://www.semprefamilia.com.br/africanos-repudiam-o-aborto-apesar-da-pressao-do-ocidente-diz-cientista-nigeriana/?fbclid=IwAR1N25p8r5zgKcXCDyPoqCcE98J8Mevvu0SfIaUiM2yrcbNh_pOtrlABSZw


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